segunda-feira, 19 de julho de 2010

Depois do tango…

… um descanso um reagrupar e reforçar tanto do PS como do PSD, antes das próximas danças. Um quase imperativo da escolha de PSócrates em não escolher um par para o seu governo minoritário. Agora na hora do baile tem de dançar na AR com quem estiver disponível, sujeitando-se a quem não queira dançar a música no mesmo compasso.

Passos Coelho quer agora uma distância higiénica do PS, daí as entrevistas, daí as propostas de revisão constitucional, daí as ameaças para o próximo OE. Fecha-se no PSD e recupera, antes da próxima dança. Eleições? Ninguém as quer. Este comportamento faz parte do ritmo político. Das propostas de revisão constitucional, o Parlamento a designar os reguladores sob proposta do Governo, o aumento dos mandatos do Governo e do Presidente da República, uma mexida nos poderes do PR, e a introdução de um mecanismo de moções de censura construtiva. Volta o OE, volta o tango, pois Passo Coelho apenas mostra dentinhos, e testa o ar. Contra, esta posição os dramas existenciais do PSD de Santana Lopes, e melhor ainda, Francisco Louçã que não consegue evitar a “brilhante” comparação com a Namíbia ou o Burkina Faso … enfim. Já do CDS-PP o aproveitar da deixa para repisar o “corajoso” golpe mediático do executivo de coligação.



Passos Coelho diz que quer mas não faz. Um pouco demagógico, mas não deixa de ser verdade. A última coisa que Coelho queria agora era uma “moção de censura construtiva.” Entretanto o socialista reconvertido Sócrates reverte para as tácticas de sempre (a cabala), e acusa o PSD de “estratagema constitucional” para aumentar a instabilidade política. Tal como a restante oposição, o PSD já percebeu que é muito mais fácil deixar o PS afundar em si mesmo. A propósito, o cheque bebé (supostos 200 euros) que afinal é preciso “reavaliar”, e Helena André a tentar correr mais rápido do que os sindicatos.


[Imagem retirada de fortnet.org]

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