quarta-feira, 28 de julho de 2010

Política da não notícia


 
Vamos a meio de uma semana que continua marcada pela proposta de revisão constitucional do PSD, e mais importante ainda, marcada pelo coro de situacionistas da política portuguesa do BE ao CDS-PP que vêem o status quo ameaçado pelo… [tremei]… malfadado liberalismo [UuuuUUUuuuHhhhh…]. O drama de um “mal” que ainda não tem expressão em Portugal. Mesmo com Passos Coelho, um social-democrata [quer queira, quer não]. E do PS, acusações de retrocesso, a destruição do Estado Social, o retrocesso, o mau timing, o retrocesso… mas apesar de tudo até dá jeito ir na onda com comissões para analisar o “pesadelo“ que vem do PSD, ou não fosse útil tirar partido de clichés instituídos para “malhar” no PSD.


A custo de um suposto “preço político” Passos Coelho marcou a agenda política, e a diferença entre PSD e PS [diferença essa que se esbaterá por alturas do próximo tango]. Coelho mantém o ânimo combativo com o mau desempenho das contas públicas de um governo que, seguindo a moda política portuguesa, corta em tudo menos no que deve. Isto para preparar uma boa reentre capaz de sustentar o peso das cedências que eventualmente terá que fazer.


Coelho faz tudo menos embarcar no comboio de Jardim e demais seguidores, que numa prossecução da inimputabilidade política que vive o PSD-M, segue para uma recandidatura de Jardim que ninguém sabe se vai acontecer [pois…]. Uma espécie de parente exuberante do “tabuzinho” da recandidatura de Cavaco... enfim. Depois da sua habitual verborragia na festa do PSD-M, marcada pelo constante esbracejar do Presidente Regional, e pelo “pano de fundo” da musiquinha do PSD, Jardim decidiu “diagnosticar" a justiça em Portugal:


Queixinhas contraproducentes quando não interessam ao Sr. Jardim. Pois quando Sua Excelência decide fazer queixinhas das suas [Jardim processa: o dirigente do PND-Madeira; a PSP Madeira; Carlos Pereira e o DN-Funchal] o “funcionamento da justiça” já não é relevante.


Já que é de justiça que falamos, “A verdade acaba por vir ao de cima”, diz Sócrates sobre o Freeport. E é mesmo verdade… veio ao de cima a verdade de uma justiça castrada e condicionada.


[Imagem retirada de Muambeiros]

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