sexta-feira, 3 de julho de 2009

Tourada portuguesa


O Ministro da papinha Maizena… dos trabalhadores em Portugal recebem menos, o que é bom para investir… etc… demitiu-se não por palavras, mas por gestos dirigidos à bancada do PCP.
O debate era sobre a situação das Minas de Aljustrel e Bernardino Soares lembrou que Pinho teria ido à vila alentejana “dar um cheque”. Foi então que o ministro reagiu com o gesto que deixou os comunistas e bloquistas ofendidos.” Público

Os partidos rapidamente condenaram a situação, como por exemplo o BE ou o PCP com alguns exageros: "Não é virgem em disparates e faltas de educação" Bernardino Soares explicou.” O próprio governo pediu desculpa e até bancada do PS demarcou-se imediatamente do gesto. Todos contra, até o PR.

Entre brincadeiras, elogios e internacionalizações, este foi sexto ministro a sair do governo, e a sua pasta ficará para Teixeira dos Santos. Passar a pasta para o ministro das finanças, com tão pouco tempo para o fim da legislatura é simplesmente a opção mais óbvia.

Surgem aproveitamentos e montam-se defesas. Com este gesto Pinho marcou o seu fim enquanto político. Longe da histeria colectiva que se gerou em volta dos corninhos, penso que o gesto não foi assim tão mau. Isto não significa que Pinho esteve na sua melhor altura, porém basta assistir regularmente ao debates da AR para testemunharmos coisas muito piores… Só na cabeça de um conjunto de puritanos, ou por simples interesse político é que o gesto justifica a demissão do ministro. Uma coisa é certa. Ao pedir a demissão Pinho livrou Sócrates de um conjunto de dores de cabeça.

A verdadeira tourada portuguesa não foi os corninhos, foram os dramas e o circo que se criou em volta disso.

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