segunda-feira, 22 de junho de 2009

Marcação de eleições


As eleições autárquicas são marcadas pelo Governo, e as legislativas são marcadas pelo Presidente da República.

O CDS-PP defende eleições separadas. As autárquicas para 11 de Outubro e as legislativas “o mais depressa possível", de modo a que possa haver rapidamente um novo Orçamento de Estado.
O PCP defende o mesmo que o CDS-PP [de vez em quando acontece] e sugere 27 de Setembro, para as legislativas.

O PEV… enfim… já falei do PCP. Adivinhem lá o que quer o PEV.

O BE junta-se ao coro de 11 de Outubro autárquicas e 27 de Setembro legislativas.

O PSD defende eleições autárquicas e legislativas no mesmo dia. Fá-lo aparentemente para salvaguardar a democracia de níveis altos de abstenção [dada a proximidade dos actos eleitorais], porque Portugal já tem maturidade democrática suficiente [sabem fazer a devida separação entre os actos eleitorais]… e [esta é a minha preferida] fá-lo em nome do interesse superior do país, para diminuir os custos dos actos eleitorais.


Destas opções partidárias a única que merece comentário é realmente a do PSD.
Defender que a proximidade dos actos eleitorais [neste caso] trará uma maior abstenção, como sugere o PSD implicitamente e Alberto João Jardim explicitamente [com o “as pessoas já estão fartas de eleições”], equivale a dizer que o melhor é deixar esta coisa da política para “os crescidos”, já para não falar que está sustentada numa leitura… digamos a frágil, da abstenção.
Passemos para o “interesse superior do país”. Acho muito engraçado ver os mesmos que andam a gastar milhares em campanhas, que acham muito normal grandes carros para este e para aquele, etc., etc. … quererem agora poupar na democracia, em prol do superior interesse dos partido.
No fundo nada de surpreendente… a simples tentativa de fazer verter o peso do PSD nas autárquicas, para as legislativas. Algo que diz muito [especulo] sobre a verdadeira percepção de maturidade democrática “suficiente” portuguesa, por parte da direcção do PSD... enfim.


Fazer-se as eleições separadamente, parece ser a melhor opção, nem que seja porque são actos eleitorais distintos com implicâncias diferentes, sendo que a democracia ganha por ser proporcionada a possibilidade aos cidadãos de se concentrarem nas propostas que surgirão em cada um dos actos eleitorais. Ao contrário da opinião da maioria dos partidos, penso que haveria interesse em resolver-se primeiro as questões locais, então para passarmos para a nacional, assim sendo, primeiro viria as autárquicas e depois as legislativas.


Sem comentários: