Face oculta e tal, as escutas a Vara onde Sócrates foi escutado, foram, vieram, passaram pelo Supremo, e estacionaram. Pinto Monteiro mal aqui, bem ali, fez o que já se estava à espera e arquivou. Até aqui, telenovela judicial… agora o teatro político:
A hecatombe Face Oculta desvela o véu de corrupção, clientelismos e afins, que assolam a nossa mui nobre República… uhhhh!!!... ahhhh!!!.... ouve-se da audiência [o povo].
Dada a entrada eis que vêm as bailarinas [os partidos], dançar à volta do monstro corrupção, cada uma a seu ritmo, e todos marcados pelo compasso mediático de um tema “quente”.
Surge uma voz baixinho: Sócrates foi ouvido… Sócrates foi ouvido… Sócrates foi ouvido. O burburinho aumenta, a música aumenta. Aumenta tudo menos o nível das intervenções, que diminui.
Pacheco Pereira traz o face oculta ao parlamento. Manuela Ferreira Leite [que terá um gostinho da “Política de Verdade” em meados de Janeiro] numa declaração política quer que Sócrates esclareça o país sobre as escutas onde falava com Vara. Isto porque temia a “destruição das provas”. [MUAAAAAHHH...HA...HA... HA]
Do PS vem a dramática cabala que persegue o PSócratismo há anos, sempre seguida da vitimização.
"Espionagem política" grita Vieira da Silva do canto do palco. “Violação da lei" grita Santos Silva do outro canto. E bem a meio… um foco de luz, e Francisco Assis irrompe em canção. Encanta a plateia [mais uma vez… o povo] cantando sobre responsabilidade política e judicialização da vida política, ao som da melodia Estado de Direito. Grandes cartazes pendurados pelo tecto servem de fundo para a sua actuação. "Homicídio de carácter" lê-se num. “Decapitar politicamente o Governo” lê-se no outro.
Mudam os personagens, mas o teatro é sempre o mesmo, e Adamastor continua lá.
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