Pedro Passos Coelho (PPC), o reformista liberal que não é de esquerda nem de direita – o que o situa no centro – que se assumiu como um homem com “coragem para romper”, propõe algo que rompe definitivamente… com “alguma coisa”: PPC - "Suponham que eu ganho estas eleições, como espero ganhar, e que a Dra. Manuela Ferreira Leite ou o Dr. Santana Lopes acabam, por qualquer razão, por não ser indicados por nenhuma estrutura".
Se por “qualquer razão” isso não acontecesse, como líder, PPC não deixaria o caso por aí e incluiria os dois grandes derrotados. Está claro que: "Esperarei, de resto, que o mesmo se pudesse passar comigo no caso de um outro meu companheiro vir a ganhar as eleições directas". Logo, propõe um pacto… um acordo… ou talvez, um pedido de clemência. Será caso para dizer (?) que,"a política é um assunto sério, mas não precisa de ser um assunto de gente sisuda" (PPC). Tenho para mim que este pacto faz parte da prometida “campanha de entusiasmo”, embora deva dizer que estava à espera de algo diferente.
Este pode ser entendido como um sinal de fraqueza por parte da candidatura de PPC, do tipo… veio para se impor, conseguiu e agora quer um bombom. Nem que seja pelo facto de que para esta imagem passar, os dois outros grandes possíveis “derrotados”, só têm que recusar-se em acordar tal coisa. Assim, a tentativa de PPC em propor algo que por ele, auxiliaria à coesão no partido – para além de “pesca ao tacho” não vejo outra razão para a proposta – vira-se contra o feiticeiro. Poderá ser também que a confiança na vitória, faça PPC encarar esta proposta numa luz diferente. Poderá ainda ser que…
Pessoalmente não considero que estes acordos devam ter lugar nesta eleição. O que não quererá dizer que tal hipótese não pudesse ser contemplada, propiciadas as circunstâncias e chegada a altura.
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