segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

OE 2010


Passado que está um período negocial em que todos desempenharam o seu papelito, o OE tem viabilização assegurada. Com mais ou menos negociações e acordos, jeitos ou cedências, a tendência dos últimos 9 governos minoritários que viram sempre os seus orçamentos aprovados mantém-se com a abstenção da direita. Bem podem agora o BE, PCP e afins votar contra que o OE passa.

Como já seria de esperar este foi o orçamento possível, o do tem que ser. Tal como nos outros exemplos minoritários, também este OE passa sob uma aura de tentativa de chantagem [pressão, vá lá] de uns, e impulsionado pelo “interesse nacional” de outros.

O CDS-PP [até agora o parceiro quase natural dos governos minoritários] liderou o processo negocial e viabiliza o orçamento com a “abstenção construtiva”, apoiado numa “postura patriótica” e [lá está] no “interesse nacional”. Não sem deixar de manter “tudo em aberto” para a discussão na especialidade.

O PSD que começou tímido e teve a actuação da líder a ser sujeita a ataques internos vindos da ala Passos Coelho. Um mini acordo e uma abstenção do PSD sela o destino do OE 2010, sendo que no caso deste partido a abstenção é muito Ferreira Leite, é uma de “sentido de Estado”.

O PCP votará contra o orçamento de direita, o PEV faz o que o PCP manda, e o BE aponta também para o contra, até porque Louçã já veio caracterizar as negociações à direita como “manigância” [Infrm.Manha ou arte com que se fazem habilidades de mão\ Fig.Manobras ocultas com que se fazem bons negócios.]. Claro que se fosse um orçamento “à esquerda”, já seriam acordos no interesse de Portugal e não a tal manigância… enfim.

 Telenovelas políticas à parte o governo aponta reduzir o défice orçamental em 1%, para 8,3% […sim 9,3%], isto tudo sem aumento de impostos [ainda]. A dívida pública assenta confortavelmente nos 85,4 % do PIB, o crescimento é abaixo da média europeia, o desemprego ainda não estabilizou, e a culpa ainda é só da crise internacional [snif]. Umas medidas publicitárias para a banca, o retomar do plano de privatizações, o arrefecer do investimento público, e [ops] o congelamento dos salários para os funcionários públicos. E com a dívida portuguesa a ficar mais cara, fica provado que existe algo permeável à propaganda PSócratista… veja-se bem… inimaginável [ou não].


Surpresa!… aqui tens, o mesmo de sempre com uma cereja em cima...

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