Requerimento do PSD aprovado pela oposição trará à AR várias personalidades a audições na comissão de ética, sob o tema liberdade de expressão O PS votou contra pois tinha um problema com texto… acredito que sim… “dificuldade de convivência” do Governo com a “liberdade de imprensa e a liberdade de expressão”, deve causar sentimentos adversos na bancada socialista.
Sócrates já falou e para ele a divulgação das escutas é um acto criminoso e os partidos aproveitadores [do momento]. “Para esses partidos já vale tudo. Isto é que é pôr em causa o Estado de Direito. (…) Mantenho tudo o que disse no Parlamento e que nunca o Governo deu nenhuma orientação à PT para comprar nenhuma estação de televisão”.
A coisa do Sócrates não fala para não “pactuar com o crime” torna-se o discurso do PSócratismo. Assis na mesma linha, acrescenta que “Nenhum primeiro ministro de nenhum país democrático aceitaria uma situação desta natureza: dar explicações sobre esse tipo de conversas.” Pois é. Só é pena que pelo andar da coisa, já está a ser posta em causa a justiça, perante os cidadãos, e Portugal perante a Europa. O clima de pressão que se vive por terras da comunicação social, denuncia a inaptidão do primeiro-ministro em conviver com o contraditório [quanto mais com um governo minoritário em democracia].
Temos partidos e políticos a aproveitarem-se da situação? Temos pois. Acontece que não foram esses partidos a criar a situação. Aproveitam-se tanto quanto o próprio PS já se aproveitou de outras situações no passado. Paulo Rangel por exemplo usou, e se me permitem, abusou levando o tema para o parlamento europeu.
“Portugal já não é um Estado de direito”.
Ao ser um euro deputado a trazer um problema nacional desta natureza ao parlamento europeu [e desta maneira], confere-lhe desde logo uma dimensão que não abona a favor de Portugal. Algo que já foi relevado pelos socialistas europeus. O que torna a atitude de Rangel pior é que esta tinha como objectivo um impacto na agenda política portuguesa. De todos os objectivos que poderiam motivá-lo [fragilizar o governo, ajudar o PSD,…], o euro deputado teve o condão de escolher o que menos justifica cravar mais um prego imagem portuguesa: avançar a sua carreira política, ou seja montar o palco para o retorno do herói das europeias, montado no seu melhor cavalo de combate para conquistar o PSD e o país. O candidato Rangel volta para “fazer oposição ao senhor Sócrates” .
Ainda parte do conflito interno do PSD, Aguiar-Branco [já candidato] rapidamente se demarcou da intervenção do seu companheiro no parlamento europeu, deixando para as audiências na comissão de ética o “escrutínio”.
Do lado do PS a “perseguição” da oposição de que tem sido “vitima” tem trazido ao de cima os melhores exemplos de eloquência do partido. Neste caso, Renato Sampaio [líder da distrital do Porto].
Enfim…
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