domingo, 7 de fevereiro de 2010

Plano rosa relâmpago

O “Sol” transcreveu extractos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso Face Oculta, onde este considerava haverem “indícios muito fortes para a existência de um plano…”






Exposto o alegado plano, Pinto Monteiro [PGR] abre um inquérito à divulgação de escutas [prometendo consequências jurídicas], para Marinho Pinto"alguns magistrados deixam-se envolver pelas paixões políticas", o advogado de Vara acha "ridículo", Paulo Penedos “autoriza” divulgação das escutas, Sócrates fala em “jornalismo de buraco de fechadura“, e Cavaco em respeitar a “liberdade de expressão e o pluralismo da comunicação social”.

Do lado dos partidos o PCP exige esclarecimentos, o CDS-PP acompanha com preocupação, e o PSD ataca com um pedido de análise à Comissão de Ética ao problema da liberdade de expressão, que envolva ouvir a ERC e os jornalistas.


Francisco Assis [dono de duas intervenções fantásticas (IF) esta semana] já veio falar em defesa do seu líder, considerando que estes “não passam de problemas colaterais” [1º IF], e que a liberdade de expressão não está em causa. Por mim opto por encarar suspeitas de violação de direitos constitucionais, como um problema sério. A suspeita da presença de tais indícios, junto com o conhecimento de que esta não originou qualquer procedimento e levou à destruição das escutas, é de certa maneira perturbador se não for mesmo atentatório ao nosso Estado de Direito. Mais uma vez, um problema sério.


Voltamos outra vez ao fumo, demasiado fumo, para que não haja fogo. Para PSócrates a táctica continua a ser o malabarismo político e o nevoeiro propagandístico, porém a clara pressão em que se encontra a comunicação social não passa de uma expressão mais visível daquilo que se desenrola todos os dias em Portugal, ou seja, o tráfico de influências enquanto instrumento de eleição para muitos [seja qual for a sua cor].

Esta conversa fez-me lembrar de Alberto João Jardim [vá se lá saber porquê], que aproveitou a “semi-derrota” do governo nas finanças regionais, contra uma oposição unificada, para defender um “compromisso histórico para libertar Portugal do PS”. Um lindo sentimento, porém não me parece que as coisas se encaminhem nessa direcção. Mesmo se tivermos em conta certos desesperos para justificar o injustificável.

Por desesperos refiro-me a isto:

Bloco de Esquerda - "ala esquerda parlamentar de Alberto João Jardim". Francisco Assis [2º IF]

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