Aprovada que foi a impossibilidade do estado poder aumentar o seu nível de canibalismo fiscal á economia portuguesa já de si frágil e depauperada, a maioria dos deputados, representantes de 60% da população portuguesa com mais de 18 anos, deram pela primeira vez em 35 anos de Democracia um claro sinal ao governo de que esse não pode continuar a ser o caminho sob pena do parasita matar o hospedeiro, e acabar por morrer com ele.
Assim sendo temos todos - mesmo os que não votam - em nosso nome e em especial em nome do futuro daqueles que nem sequer têm ainda idade para votar, que assumir de uma vez por todas que este não é só o melhor caminho é o ÚNICO!
Caso contrário, iremos assistir a uma enxurrada de falências, como nunca se assistiu na história deste pais, nem mesmo na malfadada década de 30, do século passado.
Provada que está a incapacidade dos aparelhos partidários dos dois principais partidos atraírem pessoas sérias e competentes, facilmente percebemos que não é aqui que iremos encontrar as respostas. Terá que ser mais uma vez a sociedade civil, afinal a base e a razão da existência de um ESTADO, a tomar as rédeas do assunto, e trabalhando em REDE, começar a PESQUISAR, AGLUTINAR e PARTILHAR a informação histórica disponível sobre as contas das várias instituições estatais, e desta forma começar a apontar caminhos para que no prazo de 6 meses a 1 ano se comecem a instituir cortes nos vários orçamentos das várias instituições publicas, tentando evitar assim que os esperados CORTES ABRUPTOS & CEGOS, destruam as orgânicas não só daquelas que não funcionam nem sequer tê em razão para subsistir mas também das outras. Daquelas pouca mas boas instituições do ESTADO que todos utilizamos e que se revelam fundamentais para a nossa sobrevivência a prazo e coesão enquanto sociedade e nação.
Universidades nas áreas de ciências sócias e humanas, em especial nas área de ECONOMIA, instituições que habitualmente apresentam e divulgam estudos e diagnósticos económico sócias, chegou a hora de ir para alem do Bojador, ou seja alem dos puros diagnósticos, é necessário começar a apresentar medidas concretas, objectivas & realizáveis a prazo.
Nunca Portugal teve um nível cultural, económico, cientifico e recursos humanos tão valorosos como hoje, meios de comunicação em tempo real e absoluto, que nos permitem hoje estar ONLINE praticamente 24 horas por dia. É caso para perguntar estamos á espera de quê?
Que a nossa classe politica, nos encontre as soluções? Será que não percebemos nada que eles são parte do problema e não da solução?
Para que não me acusem de só incitar os outros sem eu próprio avançar com soluções, deixo aqui uma proposta objectiva:
1 - Redução em 10% de todos os salários e reformas de funcionários públicos acima do 2,500€ mensais, para o próximo orçamento de estado de 2010.
2 - Acordo PS/PSD, para a redução do numero de deputado apartir da próxima legislatura para os 180 deputados já permitidos pela ultima revisão constitucional. Recordo que esta medida fazia parte do programa do PSD, nas ultimas legislativas.
3 - Fim do direito de um deputado poder ser reformado com reforma por inteiro ao fim de 12 anos de exercício da função.
Por Carlos Miguel Sousa