sábado, 31 de outubro de 2009

"O Professor"


O PSD volta a fervilhar, desta feita com a possível candidatura de Rebelo de Sousa. O momento é de Marcelo, com um verdadeiro desfile de apoios. Recuperando a linguagem da época Menezista, os “barões” do PSD estão se posicionando contra a candidatura de Passos Coelho na busca de um herdeiro político.



Rangel “o escolhido” já afastou a possibilidade de vir a ser candidato à liderança, “apostando” no candidato Marcelo. A partir daí começou o cortejo: José Luís Arnaut; Nuno Morais Sarmento; Alexandre Relvas; José de Matos Correia; Macário Correia; António Capucho; José Eduardo Martins; Carlos Pinto... até Alberto João Jardim já afirmou que o professor sempre contou com a sua amizade e lealdade.


Do outro lado da barreira, os “coelhistas” retaliam apontando baterias aos apoiantes.

Miguel Relvas


Adão Silva [presidente da distrital de Bragança]

António Nogueira Leite


Mais uma etapa num jogo de força pelo domínio do PSD, cujo tiro de partida foi a derrota nas legislativas. Uma luta por assentos que ainda vai no adro, e tal como Passos Coelho já uma vez disse, será “um debate calmo, sério, elevado e com rigor” [pois…].



Preparem-se para mais um daqueles silêncios ruidosos…

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Novo partido, velhos problemas


O MMS, um dos novos partidos anda com velhos problemas. Depois de um fraco desempenho eleitoral o peso de uma campanha trist… ridícu… patéti... fiquemos por exótica, já criou dissidências dentro do partido.

Primeiro Sérgio Deusdado pediu a demissão do cargo de representante regional do MMS-Bragança e da Comissão Política Nacional do MMS. Agora Marcelo Pinho [um dos homens fortes do MMS] representante regional do MMS-Aveiro, seguiu-lhe os passos pedindo a sua demissão da Comissão Nacional.


De Bragança vieram acusações de um demasiado radicalismo de ideias e de uma campanha “de sinal negativo e ultra-crítica”, que foram a causa da divergência com a actual presidência do partido. De Aveiro as mesmas acusações de radicalismo e de uma campanha “dirigida pela negativa”, com a nuance de uma Comissão Política quase fantoche. Isto porque “várias das propostas e medidas apresentadas nesta campanha, como a castração química, despejo em 72 horas e descida abrupta dos impostos não foram discutidas ou aprovadas pela comissão política.”





Dissidentes… fraca democratização do partido…tiques ditatoriais de um Presidente… antevisões de facciosismo… campanha negativa orientada para a política espectáculo… propostas, enfim… o choradinho porque ninguém lhes liga… Parabéns!!! O MMS já é um partido como todos os outros…

Fiquem com esta pérola:



Se tivessem oferecido electrodomésticos teriam tido mais sorte…

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O choradinho de Menezes




Mais um choradinho, mais um fado… desde que se demitiu da liderança do PSD, Menezes tem vindo a rabujar todo o caminho até aqui. Se é verdade que durante a sua incómoda liderança [O PSD do Menezes; PSD à L’Menezes] foi “bombardeado” por todos os lados, não é menos verdade que ele ainda não parou de lançar farpas à actual liderança.


Depois do silêncio auto imposto, que acabou por ser o mais ruidoso de todos os tempos [o homem simplesmente não se calou], as intervenções de Menezes têm um único objectivo. O de colaborar na queda da actual direcção do PSD. Podemos resumir Menezes o ex-líder do PSD da seguinte maneira:

- Coitadinho de mim fizeram-me isto e aquilo, agora dizem isto e aquilo.


Não guarda ressentimentos, mas aproveita todos os momentos para “malhar” na direcção, pagando na mesma moeda os “favores” que fizeram à sua.



A melhor de todas foi esta feliz comparação:

Se bem que dizer que caso não tivesse saído, estaria agora a formar governo… não fica atrás.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Já tomou posse

Tomou posse o XVIII Governo. Muitos formalismos, discursos muito sentidos [PR; PM], bla bla...


Digno de registo


Os “homens da luta” vieram fazer barulho para a porta.




A caneta do Primeiro-ministro.




O casaco da ministra do ambiente [não resisti…].


Gripe política


Chegaram as vacinas para a gripe A, que agora serão administradas de acordo com prioridades pré estabelecidas [grávidas, trabalhadores-chave da saúde, etc.].



Está tudo muito bem, até que chegamos onde a “porca torce o rabo”… Os titulares de órgãos de soberania são considerados um grupo prioritário [Presidente da República, ministros, e deputados nacionais e regionais]. Isto só por si até passa ao lado, não estivessem estes senhores na fila para a vacina à frente, por exemplo, de doentes crónicos.


Numa situação de pandemia em que as vacinas não estarão logo disponíveis em “massa”, poder-se-ia pensar que pelo menos os Sr. deputados poderiam esperar por uma segunda vaga de vacinação. Perante o cenário actual, não sou dos que consideram que Presidente, ministros e deputados devam sequer constar dos grupos prioritários, quanto mais serem vacinados antes de pesso… cidad… digamos eleitores que correm um risco de vida elevado.


A situação já chegou a provocar um certo rebuliço na Assembleia com alguns deputados [e bem] a não quererem ser vacinados. Fica a excepção para Francisco Louçã que já aceitou vacinar-se, para “combater o alarmismo".

domingo, 25 de outubro de 2009

Chipando-nos






Juntam-se à “luta” contra uma ideia peregrina, sustentada pela ex-maioria absoluta, de criação de um autêntico Big Brother rodoviário para efeitos de cobrança electrónica de portagens. Uma ideia muito tecnológica certamente, porém este dispositivo electrónico de matrícula não deixa de parecer uma medida perfeitamente desproporcionada. Isto se não tivermos em conta que quando apareceu a ideia do tal chip, esta vinha associada à segurança rodoviária. A cobrança de portagens era uma mera funcionalidade, por entre um mar de objectivos “mais abrangentes” que incluíam a fiscalização do cumprimento do Código de Estrada, a inspecção periódica, e identificação de veículos [acidentados, abandonados, roubados], ou seja, um autêntico Big Brother rodoviário. Lá por que agora só se falam em portagens, não quer dizer que se abra o caminho para tudo o resto.


De qualquer maneira tudo indica que este dispositivo terá dificuldades em sobreviver num parlamento reorganizado. O PSD, por exemplo, já entregou um diploma que visa a revogação, dos decretos-lei que impõem e regulam a instalação do chip.


Só se pode esperar que estes devaneios PSócratistas, venham a morrer na praia… caso não, ponham lá um chip nesta matrícula:


Imagem retirada do Só riso

sábado, 24 de outubro de 2009

Já me tinha esquecido dessa


Manuel da Luz [presidente da Câmara Municipal de Portimão] falou ontem sobre um problema gravíssimo que estava na mente de todos.


José Sócrates não incluiu no novo executivo um ministro algarvio:


Realmente… esta situação é intolerável. Trata-se de um claro desprezo pela “afirmação do lóbi algarvio”:


Pois claro… o que ele disse… Sócrates jogou demasiado alto quando não considerou as implicações geográficas das suas escolhas para ministros [tirando a ministra da cultura].



E mai nada…

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Odisseia PSD (2)


Depois da eleição consensual de Aguiar Branco para a liderança do grupo parlamentar [77 votos a favor e três votos em branco], Ferreira Leite anuncia que directas só para depois do debate do orçamento de estado [que acontecerá lá para Janeiro]. Isto sem dizer se será ou não candidata.


Até agora, na odisseia do PSD [1; 2] sabemos que Passos Coelho será candidato. Sabemos até alguns que não vão na sua onda [Ex: Alberto João Jardim e Alexandre Relvas]. O que não sabemos é quem enfrentará Passos Coelho…




Será que Marcelo responderá ao desafio?

Será a vez de Aguiar Branco?

Rangel?

Quererá Manuela ser trucidada?

Voltará Menezes [bem queria ele…]?

Será Santa…. Esqueçam…

Já existe um novo governo

Sócrates já tem um novo governo.

Quem foi embora?



Do anterior Governo ficam de fora Maria de Lurdes Rodrigues, Mário Lino, José António Pinto Ribeiro, Severiano Teixeira, Alberto Costa, Jaime Silva, e Nunes Correia.



Quem mantém as pastas?




Ficam na mesma Rui Pereira [Administração Interna], Pedro Silva Pereira [Presidência], Teixeira dos Santos (Estado e Finanças), Ana Jorge [Saúde], Mariano Gago [Ciência, Tecnologia e Ensino Superior], e Luís Amado [Negócios Estrangeiros].

Quem são os multifacetados?
 
 


Vieira da Silva passa para a Economia;
Santos Silva para a Defesa [já que o homem gosta de malhar];
João Tiago Silveira  sobe de posto e passa a ser Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros;
Jorge Lacão passa para os Assuntos Parlamentares.

As estreias…



Alberto Martins vem da liderança parlamentar do PS para a pasta da Justiça.





António Manuel Soares Serrano vem para a Agricultura.


Sou um servidor público, um gestor, e naturalmente que estou disponível para esta tarefa complexa”, afiançou António Serrano, numa curta declaração à Lusa.







António Mendonça para as Obras Públicas [pelo currículo diria que este Sr. estaria melhor na economia… Vieira da Silva não devia de querer mesmo este ministério].






”.







Nova Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, a sindicalista Maria Helena dos Santos André , uma boa cartada [1] por parte de Sócrates.










Para a cultura Sócrates  vai aos açores buscar Gabriela Canavilhas, uma pianista cada vez mais politizada.








Quanto à educação, Sócrates escolhe Isabel Alçada, que agora vai ter “Uma aventura no governo”, aventura essa que começou bem:

Não tenho convite nenhum“ para fazer parte do próximo Governo, garantiu hoje Isabel Alçada, coordenadora do Plano Nacional de Leitura, em declarações à Rádio Renascença.



Isto foi hoje antes de se saber quais os ministros que farão parte do governo. Agora fica a pergunta: Sócrates escolheu-a para ministra, sem lhe perguntar, ou escolheu-a à última da hora […não tinha mais ninguém e lembrei-me de ti…]?

Não obstante esta ministra foi claramente escolhida para ser a RP do governo para os professores, nada má a escolha para esse efeito [1] …


Já o PCP e BE falam em demasiada continuidade no governo...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Começam-se a cavar trincheiras


Já se passa algo, e não… não é o cortejo de carros ministeriais para trás e para a frente.

O Primeiro-ministro anda a engonhar… vai e tal, mexe remexe… ganhar um tempinho extra, etc. A tomada de posse estará para breve e pelo menos até dez dias depois vem o programa de governo.


A acção porém está na Assembleia da República. Os partidos começam a posicionar-se estrategicamente, fazendo valer a sua força relativa num parlamento de poder disperso, e com a maioria absoluta PSócratista no goto.


PS encostado à parede na educação:

A oposição em peso pede a suspensão do modelo de avaliação dos professores, um dos temas fortes da campanha eleitoral. Aproveitando o momento, os blogues colectivos de professores fazem pressão, “não podemos esperar mais”.

O PEV foi o primeiro a falar no tema, relembrando o momento de campanha em que Sócrates “o humilde arrependido” admitiu não ter havido diálogo suficiente com os professores.

O PSD já se encontrou com a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, e com Federação Nacional dos Professores.


O CDS-PP concentra-se na agricultura com uma proposta de criação de uma comissão da Agricultura, e na segurança com a recuperação de propostas que haviam sido recusadas pela ex-maioria absoluta [a típica oferta deste partido para a segurança, mais pena, mais lixada, mais vigilância…].

O BE insiste no casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O PSD encabeça a luta contra o dispositivo electrónico de matrícula nos veículos automóveis, procurando a revogação com eficácia retroactiva.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sócrates leva nega do Tribunal

Por causa de “José Sócrates, o Cristo da Política Portuguesa”, “um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático", e “licenciatura manhosa”… João Miguel Tavares anda com o Primeiro-ministro à perna.



O ministério público arquiva o processo… Sócrates insiste… o processo é arquivado… Sócrates insiste????



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A notícia que se segue não deve ser entendida como estando ligada com a anterior. De maneira alguma estou a sugerir que o Eng. [cuja licenciatura não ponho em dúvida] Pinto de Sousa [certamente possuidor de um enorme respeito pela Democracia e seus pilares], ou que membros do seu governo [entenda-se ministros e não apóstolos], sejam responsáveis por qualquer ataque às liberdades de expressão e de imprensa. As imagens usadas neste post foram escolhidas ao acaso.
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Presidente cavaco numa maré


(imagem retirada do Priorato de Idiotas)


De acordo com esta sondagem o Presidente da República não anda lá muito popular.

Talvez fosse melhor repensar a ida aos Gato Fedorento.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Jornal de Sexta TVI


A ERC reprova a cessação do Jornal Nacional de Sexta [deliberação em PDF]:

“a referida decisão consubstancia uma intervenção contrária à lei e lesiva das atribuições e competências próprias da direcção de Informação”




Quanto ao Jornal de Sexta:




Decisão ilegal, contrária às boas práticas, fruto de influências… será com certeza, porém neste caso diria que há males que vêm por bem.

Sistema de purga do PS


O PS já pôs um marcha os processos de expulsão dos militantes socialistas que se candidataram e apoiaram listas independentes para as autárquicas. Uma limpeza via disciplina partidária.



De acordo com os estatutos do partido socialista a pena de expulsão é aplicável quando o(a) visado(a) incorreu numa falta grave:

“Considera-se igualmente falta grave a que consiste em integrar ou apoiar expressamente listas contrárias à orientação definida pelos órgãos competentes do Partido, inclusivé nos actos eleitorais em que o PS não se faça representar.” Número 5, art.94, dos estatutos do PS

Isto significa que Narciso Miranda [Matosinhos], Maria José Azevedo [Valongo], Manuel Vieira [freguesia de Santo Ildefonso], e restantes, assinaram a sua própria saída do PS.


Sempre vi este tipo de disciplina partidária como pouco democrática, pois denuncia a faceta mais autoritária da política, coisa que não tem lugar num mundo engrandecido pelo pluralismo de ideias e opções. Qual é a razão para tal regra, que não seja o controlo, controlo… rédea curta, e em última instância formatação comportamental apontando para a mental. Ninguém poderá afirmar que apoiar uma candidatura independente [ou mesmo integrá-la], equivale a deixar de ser socialista. Senão, o que dizer sobre os que apoiaram Alegre para as presidenciais? Anti-PS?


Se é que a expulsão por estas razões fez alguma vez sentido, hoje em dia, uma purga deste género é no mínimo desadequada. Para esse mesmo efeito já bastam as movimentações de bastidores que são autênticas purgas, mas das relações de poder partidárias.


Um pensamento em tudo semelhante ao que fundamenta a validade de uma disciplina partidária rígida é o do sentido de voto. O próprio Satanás acorda se um militante mais graduado alguma vez disser que não votou no seu partido. A quase obrigatoriedade do voto independentemente das pessoas e ideias é em tudo perturbador [ideia desenvolvida aqui]. No entanto não sei o que é pior:
- Se a tentativa de automatizar os militantes;
- Se a admissão de que a orientação de um partido é tão limitada, que oferece sempre uma via, a única para uma pessoa que em plena consciência abraçou um determinado partido;
- Se a ideia peregrina de que perante a decisão, o que eu considero melhor para o país [ou distrito, etc.], ou o que o partido considera ser melhor, um bom militante não pensa por si.

   Enfim…

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O que é o PPD/PSD


Este post vem na sequência de um comentário deixado por em leitor.



O Partido Popular Democrático / Partido Social Democrata [PPD/PSD] é um só partido, que a bem dizer é um PPD com uma capa social-democrata. Nem pouco mais ou menos o PSD alguma vez deixou de ser um partido de direita [ora + conservadora, ora + liberal / e por aí continuará], por muito que se queira pintar de social-democracia de terceira via [coisa que já agora é o que melhor define o PS de agora].


A passagem de PPD para PSD foi um processo de maquilhagem política que passou da adopção da forma social-democrata, para a mudança do nome. Este processo resultou da necessidade, algo eleitoralista, de se distanciar da União Nacional [mais precisamente da ala liberal desta].


Depois do 25 de Abril, com o PREC, e mesmo depois do 25 de Novembro, a última coisa que um partido recém-criado precisava era que os confundissem com fascistas. Por causa do Estado Novo, a direita em Portugal ganhou na psique portuguesa uma associação quase directa à direita conservadora autoritária. Isto ligado a algumas pessoas do PPD facilmente "associáveis" ao regime fascista, fez com que  o PPD fosse obrigado a se transformar em  PSD, pois social-democracia “caía” melhor no ouvido. Ao contrário do Centro Democrático Social [CDS] por exemplo, que não sentiu necessidade em alterar o nome, pois os também “democratas cristãos” já haviam assentado arraiais no centro.

Para que não haja dúvidas da ocorrência de tal confusão entre o PPD e os fascistas, deixo-vos com uma pérola da nossa democracia:



Sessão de 17 de Outubro de 1975

“(…)

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Jaime Serra.

O Sr. Jaime Serra (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A intervenção do Dr. Sá Carneiro no comício-manifestação do PPD em Braga, no dia 16, merece-nos as seguintes considerações.
Perante o crescente isolamento e marginalização política do partido de que é secretário-geral, S. Ex.ª ...

Risos.

...parece ter entrado em delírio Qual megalómano, qual candidato a "Führer de feira", permite-se fazer acusações irresponsáveis e caluniosas e intimações impertinentes, dirigidas as primeiras ao PC e as últimas ao PS. Assim, mostrando não ter esquecido as lições de Marcelo Caetano e de Tomás, dos ideólogos da ANP, dos seus companheiros de bancada na Assembleia Nacional fascista e, sobretudo, o tom e conteúdo das notas da PIRE, em que se inspirou, certamente, neste discurso, acusa o PCP - além de outras coisas - de antidemocrático, ...

Risos.

... de anti-português.

Uma voz: - Justíssimo!

O Orardor: - Tais acusações, vindas donde vem, estamos certos que prejudicarão, aos olhos do povo português, mais o PPD que o Partido Comunista Português.

Uma voz: - Não se preocupe!

O Orador:- Do PCP, o nosso povo conhece a heróica e consequente luta ...

O Sr. Costa Andrade (PPD): - Ai que ternura!

O Orardor:- ... pela democracia, pela liberdade e independência nacional, ao longo de quase meio século de ditadura fascista, e conhece a consequente actuação em defesa das conquistas da Revolução iniciada em 25 de Abril, face às arremetidas da reacção, do PPD e seus comparsas.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Dos homens do PPD - partido do depois do 25 de Abril - e dos seus dirigentes, particularmente do seu secretário-geral, o nosso povo, cuja memória não é curta, conhece a colaboração que prestou em várias frentes ao regime fascista de Tomás e Caetano. Conhece também a sua actuação política mais recente, que, num crescendo impressionante se identifica cada vez mais com os interesses da reacção, dos monopólios e do imperialismo, inimigos jurados de Portugal e do povo português.
Quem é, portanto, anti-português? Quem é, portanto, contra a independência de Portugal?

Uma voz: - O PCP!

O Orador: - O PPD, já se vê!

Uma voz: - Grande poeta ...”

domingo, 18 de outubro de 2009

Primeiro os Balcãs agora o PSD


Mesmo sem um czar a lhes respirar no pescoço, o PSD continua um território de pequenos-médios feudos. Algo muito devido à acção sectária e por conseguinte pouco unificadora levada a cabo pela actual direcção do partido. Falharam em conseguir atingir consensos quando optaram pela “linha dura” e demasiado “proteccionista” que tanto caracteriza esta “facção”.




Os que estão fora do círculo de poder apostam na derrota eleitoral e na necessidade regeneração, como grandes bandeiras contra a direcção do partido. Depois das últimas jogadas de xadrez, continuam os xeques incessantes, na tentativa de posicionar o Rei [neste caso a Rainha] para o mate.




Marco António [que se recandidata a líder do PSD Porto] volta a bater no assunto:


Verdade seja dita que a falta de brilhantismo estratégico, na comunicação, tomadas de decisão e timming, demonstrado pela actual direcção [isto já para não falar na líder], está a facilitar o caminho para os “coveiros do cavaquismo” e afins.


Veja-se o drama Aguiar Branco, que poderia perfeitamente ter sido evitado [seja ele golpe palaciano ou não]. Claro está que é escusado virem com dramas existenciais sobre a liberdade do grupo parlamentar em escolher o seu líder, pois já têm a ascenção de Paulo Rangel no currículo.


Ainda no PSD, João de Deus Pinheiro e a sua “rapidinha” no parlamento [deputado por 30 minutos] causam um mau estar por entre o PSD Braga, com Virgílio Costa a criticar veementemente a decisão repentina do ex-quase-deputado. O líder do PSD Braga está preocupado com a credibilidade do partido no distrito, por esta não ser uma situação nova:
- Em 1999 José Manuel Fernandes, cabeça de lista por Braga, trocou o cargo pela autarquia;
- Em 2005 Menezes fez o mesmo, ficando em Gaia.

Descredibilização? Não me parece… Rotina, isso sim.

Ecologia comunista




Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira, ambos juristas, são as caras do PEV no parlamento, e bem podem se preparar para votar naquilo em que o PCP bem entender [dizem as más línguas].

Uma despedida merecida


Cavaco falou sobre a educação e desafios futuros.

Maria de Lurdes Rodrigues falou sobre o alargamento da escolaridade obrigatória.

E numa cerimónia comemorativa do centésimo aniversário do Liceu Camões, em que estiveram presentes o Presidente da República, e a Ministra da Educação, quem falou bem sobre política educativa foi um aluno, Pedro Feijó:

- criticando “o que disse serem os “entraves que foram postos à democracia nas escolas pelas novas políticas de Educação” e “a linha de orientação errada que a Educação tomou”;
- “O que o Ministério fez foi tirar credibilidade à democracia dentro e fora da escola”;
- “pior do qualquer lei, “foi a atitude do ministério”.



Mais uma vez, uma despedida merecida para a Ministra.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

E à quarta nega Sócrates criou governo

Sócrates o resiliente ganhou as eleições.

Sócrates o humilde pediu…. O PSD negou.

Sócrates o submisso pediu… O CDS-PP negou.

Sócrates o apaziguador pediu… O BE negou.

Sócrates o servo de todos os portugueses pediu… O PCP negou.

E à quarta nega Sócrates criou governo…


Seria uma bela história, não fosse esta uma patranha com um enredo de telenovela. Se bem que com todos os adornos até seja algo apelativa:

- “atitude de diálogo, de acordo com a expectativa” que os portugueses tinham do primeiro-ministro;
- “abertura sincera”;
- “estabilidade política”;
- “Eu respondo pela minha iniciativa, os outros partidos pela atitude que decidiram assumir”.


Histórias da carochinha de um Primeiro-ministro perito em engodo político [deve ser este o “talento” a que Alegre se referia]. Sócrates não esperava nada destas “reuniões de trabalho” e já tinha em vista um governo de iniciativa exclusiva socialista.

Tudo o resto são… [terminem a frase como quiserem]

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

AR em funcionamento...



A Assembleia da República teve hoje a primeira reunião plenária da XI Legislatura.


Desta reunião destaca-se a reeleição de Jaime Gama [discurso de Gama] como Presidente da AR, com 204 votos sim, 24 votos em branco, de um total de 230 deputados. Nada que não se estivesse à espera, dado que a proposta de recondução de Gama tinha como subscritores deputados do PS e PSD, e foi apoiada por CDS-PP, BE e PCP.



No decorrer desta reunião fomos também presenteados com o pedido de suspensão de mandato por parte do deputado do PSD, António Preto [até que o “caso da mala” se resolva (falsificação de documento e fraude fiscal)], e com o deputado relâmpago do PSD João de Deus Pinheiro . Alegando “motivos pessoais” o cabeça de lista do PSD por Braga acabou por ser deputado apenas por 30 minutos [Pedro Rodrigues, Presidente da JSD vai substituí-lo]. Nada mau…


Com um parlamento pautado por uma relação de forças mais dinâmica, que advém da maior dispersão do número de deputados pelas forças políticas [PS – 97, PSD – 81, CDS-PP – 21, BE – 16, e CDU – 15], da direita à esquerda falou-se no reforço do parlamento no cenário político português. Isto sem deixarem, os partidos da oposição, de dar uma achega na perda de maioria absoluta por parte do PS…


Veremos agora uma AR a braços com o Orçamento de Estado, com a revisão constitucional, com os investimentos públicos, e com uma relação de forças que determinará a direcção a seguir de todas as questões [tais como: Uniões de facto; Casamento gay; Educação;etc].


No canto do PS, Francisco Assis [candidato a líder parlamentar do PS] avisa “que a nova situação de minoria relativa exige que "nenhum partido se feche na arrogância e no dogmatismo", nem mesmo o da maioria. "Isso exige-se ao partido da maioria, mas também a todos os outros partidos".

Hum… “partido que se feche na arrogância e no dogmatismo”… isso faz-me lembrar qualquer coisa que tem a haver com a última legislatura… não me lembro….


Numa nota mais ligeira. O que fariam vocês se tivessem acabado de contratar um funcionário e no primeiro dia de trabalho ele já estivesse assim:



Enfim…

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vamos brincar à democracia

Depois de uma maioria absoluta marcada pelo autoritarismo e pela arrogância, PSócrates apanha as aparas eleitorais e é obrigado a brincar à democracia.

Assombrado pelo fantasma da governabilidade… melhor dizendo, fazendo uso do fantasma da governabilidade, o “partido do governo” recebe os outros partidos em “reuniões de trabalho” para os sondar, ou pelo menos para fazer vista e cumprir uma formalidade necessária, quando levado em linha de conta as circunstâncias políticas em que o PS se encontra.




Ao contrário do que pensa o nosso Primeiro-ministro, um quadro de diálogo político está longe de ser um último recurso de um governo em apuros. Este quadro de diálogo político, do qual não foi feito uso pelo governo quando em maioria absoluta, é o necessário para uma democracia saudável e flexível, mesmo quando obtido pela obrigatoriedade de um parlamento reforçado.


Fiquemos pelo optimismo de Manuel Alegre na crença do talento de Sócrates para governar sob estas condições, até porque não acredito que haja qualquer problema de governabilidade, antes pelo contrário, agora vamos ter mais democracia do que em muitos momentos da última legislatura. Tudo depende agora da boa vontade dos partidos com representação parlamentar em agir num quadro democrático e não num de tricas políticas.

Odisseia PSD

Tempo para o PSD analisar o desempenho do partido em 2009. Algo muito complexo, que requer uma apreciação aprofundada…





Tempo para “arrumar a casa, sarar feridas, e resolver querelas” diz Marcelo Rebelo de Sousa [possível candidato à liderança do PSD]. O Porta-voz do… quero dizer, Rebelo de Sousa considera ainda, que estes que são os últimos dos Moicanos [cavaquistas também serve] devem terminar o seu mandato, para que o partido possa estabilizar. Assim, sempre dá tempo para que os moicanos se misturem com outros “povos” e se reproduzam, parindo uma liderança que garanta a sobrevivência dos seus costumes e/ou crenças no seu território [PSD também serve].


Quem não vai na conversa é Passos Coelho que cheirando a fragilidade do lado de Manuela atira-se à jugular. Será candidato à liderança, e quer regenerar o PSD. Não impõe prazos, mas avisa que esperar demasiado criará instabilidade. Naturalmente que sim… pois deste lado da barricada a equação é outra…



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Confusão com votos no Tribunal de Loures



Foi a confusão ontem à noite em Loures, com uma trapalhada no Tribunal de Loures, que envolveu os votos da zona.


Na passada sexta-feira foi emitido um despacho pela presidente da Assembleia de Apuramento Geral do Tribunal de Loures que requeria aos presidentes de mesas de voto de Odivelas e Loures que acompanhassem a PSP ao tribunal no transporte dos “documentos eleitorais”.

Até aqui tudo bem. Não tivesse essa ordem sido alterada pelas Juntas de Freguesias, que instruíram aos presidentes de mesa que fizessem a entrega da documentação à PSP, ficando livres de ir ao tribunal. E assim foi…
O problema surgiu quando os presidentes começaram a ser contactados para comparecer no tribunal, onde começaram a ser recebidos por volta das 23h [na garagem do tribunal] para… observem bem o requinte da coisa… receber os documentos que haviam sido entregues à PSP, para assim os poderem entregar ao tribunal… digam lá se não é requintado.



Claro está que ordens trocadas misturadas com pessoas acordadas desde cedo [muitas sem sequer haver jantado] e votos no chão em sacos, originou troca de insultos, e pequenos rebuliços.

Os rumores que se ouviam por entre ânimos inflamados, davam conta de razões “obscuras” para a presença dos presidentes de mesa no tribunal, tais como, votos que chegaram às mãos do Tribunal “soltos”, pelos quais a PSP não se queria responsabilizar… enfim, rumores dessa vida que por aí anda…



Poderia até acrescentar que me pareceu que alguns dos votos estavam a ser entregues pelos serviços camarários [principalmente de Odivelas] sem qualquer problema… são coisas… da vida…


Digno de registo foi uma admissão de um membro de uma das mesas de voto de Loures, que afirmou que a mesa entregou a documentação eleitoral à GNR, sem terem ficado com qualquer registo dessa entrega, pois a GNR não tinha recibos para o efeito… simplesmente fantástico…


Os indignados presidentes de mesa de voto chegaram mesmo fazer um abaixo-assinado que será entregue na Comissão Nacional de Eleições. Da última vez que lhe pus os olhos estava assim: