Como se já não bastasse a crítica falta de alternativas na política portuguesa, mais um partido (dos novos) junta-se à já longa fila... O MMS ao bom estilo de um PND de José Manuel Coelho, de um PNR, ou mesmo de um PSD-M “Fuck them” de Alberto João Jardim, desce o nível do debate político defendendo através de Eduardo Correia [Presidente do Partido] que "os políticos e as fraldas devem ser mudados com uma regularidade idêntica, pelas mesmas razões", uma frase tornada célebre por Eça de Queiroz.
Apostado em congregar os descrentes com o actual sistema político o MMS está apostado em recorrer à palhaçada para chamar à atenção, qual menino mimado a disputar pela atenção paternal. Um perfeito exemplo é o outdoor de sucesso que nada diz… Com tanto clamor pela inteligência na política e nas decisões políticas [a chamada “revolução inteligente”], não lhes ocorre nada mais inteligente do que isto?
Com um inicio de percurso político apontado para a neutralidade ideológica, o MMS conseguiu colar-se ao centro direita no que toca às suas propostas, e a ambos os extremos do espectro político partidário no que se refere às tácticas. Em tempos de crise e de maiores dificuldades torna-se mais fácil ceder perante os ataques incessantes dos [na falta de palavra melhor] “extremistas das ideias” que se acotovelam uns aos outros para molhar a colher na sopa eleitoral. Gritam, esperneiam, e pavoneiam-se por aí, cuspindo umas quaisquer palavras de ordem, e chafurdando nos problemas do país, na esperança de captar o olhar do observador incauto.
Desconfio também das muitas facilidades na boca de alguns. De facto quando alguém diz que resolvia isto e aquilo com facilidade [como parece ser exemplo Eduardo Correia em muitas entrevistas que me lembro], tendo a me lembrar dos vendedores de banha da cobra, com as suas curas milagrosas.
Há pelo menos duas coisas que podem ter como certo:
1ª A celulite não desaparece esfregando cremezinhos, porque é gordura.
2º Ninguém tem soluções milagrosas para a política, porque é estupidez.
4 comentários:
Depois de ler este post, penso se estes sucedaneos de partidos merecem sequer que se escreva sobre eles.
Se o MMS tivesse todos os dias 1as páginas de jornais, televisões e rádios como têm aqueles que nos desgovernam há 35 anos tenho a certeza que não era preciso recorrer a estratégias tão bombásticas. O sistema está montado para abafar toda e qualquer oposição, a única forma de aparecer é chegar-se à fronteira entre o credível e o escândalo e por vezes, essa zona perigosa, pode dar aso a posts como este. Sou apoiante do MMS e aceito que a forma pode ser censurável mas doutra maneira é pregar aos peixes toda a vida. O BE quando começou tb era muito mais radical e agora já não tem essa necessidade. Conheço centenas de apoiantes do MMS e não há nenhum que seja radical, a campanha é que é para que possa ter algum impacto.
Escreva a análise que lhe apetecer, mas quem votar nos cinco partido da AR está a contribuir para o atraso de Portugal. Todos eles estão demasiado misturados com o sistema para poderem tirar Portugal do mau caminho da corrupção e do sub-desenvolvimento.
Bem se o caro amigo Miguel Ferreira, critica tanto o MMS, gostava de saber a sua opinião acerca dos cinco partidos que há 35 anos desgovernam, empobrecem, oferecem de mão beijada aos interesses estrangeiros áreas de interesse nacional. Esses não vendem banha da cobra, pois não! Esses mentem descaradamente, esqueceu-se de mencionar isso!
Quanto às suas afirmações:
1 - Tem dados científicos que provem isso que diz da celulite? Se bem que também concordo parcialmente consigo, com cremes não desaparece, mas com unguentos de ervas e chás sim, não deixando à mesma de ser gordura.
2 - «Ninguém tem soluções milagrosas para a política, porque é estupidez», eu fiquei estúpido é com esta sua construção frásica! O que é que estúpido, as soluções, a política, ou outra coisa qualquer? Devo ser eu certamente por não ter percebido esta frase!
Atenciosamente,
João Santos
Post-Scriptum - É por haver tantos seguidistas defensores do sistema que o país está como está, onde os vigaristas e traidores dos políticos do sistema são sempre desresponsabilizados da porcaria que têm feito à nação.
Caro João Santos,
Eu não “critico tanto” o MMS, e se quiser dar-se ao trabalho verá [através da etiqueta MMS deste blogue] que nem tudo são críticas.
No que toca ao desgoverno destes últimos 35 anos de democracia, basta ler alguns artigos deste mesmo blogue para saber a minha opinião sobre o assunto e que raramente me esqueço de mencionar seja lá o que for [até porque não tenho qualquer interesse em beneficiar algo que não Portugal].
Quanto à cura para a celulite ou à minha construção frásica abstenho-me de comentar, por considerar desnecessário.
Não deixo de dizer que lá por não concordar com alguns aspectos da maneira como tem sido construída a política portuguesa, isso não quer dizer que opte pela primeira “alternativa” que me aparece à frente. Como pode com certeza entender, o MMS não é [pelo menos para todos] o detentor da única “solução” para o país.
Cumprimentos,
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