Mais um 25 de Abril passou, pouca coisa mudou.
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O CDS-PP trás os 3 dês [divida, défice e desemprego].
O PCP e o PCP II [PEV] falam na constituição como apanágio de esquerda.
O BE apela à criação de uma “esquerda grande”. O que equivale a não dizer nada.
O PS defende que o Estado “tem de ser um instrumento ao serviço dos portugueses.”
O PSD evoca a revolução.
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Na Madeira o 25 de Abril continua a não ser comemorado oficialmente, por força de um PSD-M autoritário, dominado por um Sr. que acredita ser dono da ilha.
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Cavaco faz um discurso, Fernando Nobre aplaude esse discurso, e Manuel Alegre, apesar de toda a sua visão poética para Portugal [escapa-se-me um LOL], não resiste na tacadinha a Cavaco: “Gostei da primeira parte do discurso do Presidente, em que se referiu ao grande capitão Salgueiro Maia - aliás, retificou a omissão de outros tempos."
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Ficámos a saber que Sócrates “Nunca sonhou ser primeiro-ministro”, o que calha bem porque a maioria dos portugueses também nunca sonhou ter um primeiro-ministro assim.
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Mas curiosamente o melhor deste 25 de Abril foi a 23 de Abril quando em Paços de Ferreira, militantes locais organizaram uma homenagem a Mário Soares. Não sei se por causa da entrada, propiciada pela deputada Glória Araújo [Soares “a figura maior da democracia”, e “Soares é fixe”], ou se Marte estava alinhado com Saturno, mas Soares estava mais… Soares:
“Tenho muita honra de ser político. Quando dizem que os políticos são uns ladrões e que os políticos são uns malandros, eu devo dizer que há grandes excepções. Eu sou uma excepção, mas eu acho que a maior parte dos políticos, de todos os partidos, não são ladrões.”
Atenção à modéstia…
“Um abuso e uma maneira de maltratar a política quando se diz que os políticos são uns ladrões.”
Não faltava mais nada do que começarem a dizer que os cidadãos andam a maltratar a coitadinha da política…
“Um político ladrão é o pior que pode acontecer (…) É uma pessoa viver à custa do Estado e chupar o Estado sem servir os seus concidadãos.”
Nem imagino…
“Acho que o que conta no mundo não é o dinheiro nem a vaidade. É as pessoas poderem contactar com os outros e conseguirem a confiança das pessoas.”
Dois quilos de carne por favor…pago em confiança e deixo o meu nº para contactarmos…
“A crise que hoje se está a viver é séria, mas foi importada”.
Cereja no topo do bolo.
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