quinta-feira, 1 de abril de 2010

Liberdade de expressão na Madeira



Numa altura que se fala em liberdade de expressão e comunicação social na AR, também na Madeira se agitam “bandeiras” de liberdades reprimidas.


O Bloco de Esquerda requereu [02-02-2010] um debate de urgência sobre a liberdade de expressão e os apoios à comunicação social. O PSD rejeitou o pedido [na semana passada] e já se vê a braços com uma comissão de inquérito requerida pelo PS.


Não consigo entender a razão desta investida contra Alberto João Jardim. Fala-se em intimidação e processos contra jornalistas. Errado… Jardim parece querer processar toda a gente… o líder do PS/Madeira... a PSP Madeiraum dirigente do PND-Madeira... o deputado socialista Carlos Pereira e o DN... os membros da CNE... o semanário Expresso

E se dúvidas haviam, foram todas esclarecidas já em 2009, com o fabuloso “ofício” de Jardim para as autarquias e secretarias regionais no qual dá “indicações para que levem a tribunal todos aqueles que entendam estar a pôr em causa o bom nome pessoal e das instituições.“


O Presidente Regional aparenta simplesmente ser cioso da sua imagem e atento a calúnias. Algo que é normal vindo de uma pessoa com um tacto particular, muitas vezes incompreendido. É com carinho que Jardim se refere aos jornalistas como … corruptos… comunas… súcias… fascistas… tolos… incapazes… incultos… gente reles… mentes recalcadas… exóticos [atenção ao requinte]… incumpridores de estatutos editoriais… ralé que não toma banho… bastardos… até mesmo filhos da (…) Alguém não acredita que é com carinho? Como disse Jardim: “Fuck them*”

Com o mesmo carinho o continente é a Sicília Hispânica… a oposição madeirense é um bando de loucos… o Governo um bando… Morais Sarmento é demente… Monteiro, José Manuel Coelho, e Louçã são fascistas… Sócrates é um sem vergonha e um Mugabe da Europa…


Pressões ao "Tribuna da Madeira" ou ao "Diário de Notícias da Madeira" serão com certeza exageros. Falemos antes em recomendações de boa convivência político-social. E sobre o Jornal da Madeira, mais conhecido por jornal do governo [ou do PSD-M], basta lê-lo para ter uma ideia da sua “imparcialidade”. Na campanha interna do PSD, por exemplo, enquanto Passos Coelho enviou uma carta aos militantes madeirenses, Rangel optou por publicá-la [lá está] no Jornal do PSD-M. Refiro-me ao Jornal da Madeira e não ao Madeira Livre [jornal editado pelo PSD].
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