O Sri Lanka tem um espectro de grupos étnicos alargado, que na sua maioria são de origem indiana. Porém os dois grupos que estão em maior número no Sri Lanka, são os Singaleses e os Tamil. Estes têm uma influência directa sobre o Sri Lanka.
Um outro grupo que vale a pena comentar é o dos Mouros, que adicionam a religião muçulmana à mistura. Os mouros do Sri Lanka, que compõem 93% da população muçulmana, traçam as suas raízes aos comerciantes Árabes que chegaram à ilha por vagas. Os restantes, são os mouros da costa Este (população tamil, que na sua maioria se dedica à agricultura e à pesca) e os mouros indianos (imigrantes).
Um outro grupo que vale a pena comentar é o dos Mouros, que adicionam a religião muçulmana à mistura. Os mouros do Sri Lanka, que compõem 93% da população muçulmana, traçam as suas raízes aos comerciantes Árabes que chegaram à ilha por vagas. Os restantes, são os mouros da costa Este (população tamil, que na sua maioria se dedica à agricultura e à pesca) e os mouros indianos (imigrantes).
Singaleses
As populações Indo-Arianas entraram na Índia, por volta de 1500 A.C., pelo Nordeste e com tempo espalharam-se pelos vales Indus. Essa mesma população chegou ao Sri Lanka (por volta de 500 A.C.) e ficou conhecida como Singaleses. Estes falavam a língua Sinhala basa, da qual o singalês actual é uma variação. Os singaleses acabaram por adoptar o Budismo. A história escrita dos budistas singaleses pode ser encontrada em duas grandes crónicas, o Mahavamsa e o Chulavamsa. O Theravada (o caminho dos mais velhos) é o Budismo seguido pelos singaleses. O Theravada segue a doutrina do Vibhajjavãda (significa “Aprendizagem da análise” e emergiu do grupo Sathavira), na qual a sabedoria deve vir da experiência, investigação e racionalidade, por oposição à fé cega. O objectivo final é a libertação do Samsara (ciclo de renascimento, considerado um sofrimento) ao atingir o Nirvana.
Este é um tipo de budismo considerado mais austero e mais concentrado no desenvolvimento do próprio individuo. A Siyam Nikaya (as diferentes ordens do Theravada) é a ordem monástica maioritária por entre os singaleses. Alguns singaleses do período colonial foram convertidos em cristãos (Com os holandeses a conseguir converter 21% da população até 1772) porém a maioria acabou por voltar às suas práticas budistas. Actualmente os singaleses são o grupo étnico maioritário do Sri Lanka, que ocupam a maioria do Oeste e Sul da ilha, embora estejam alguns singaleses espalhados pelo resto da ilha. Estes são considerado um grupo étnico com um grau de instrução relativamente alto, que predomina no sector dos serviços.
Tamil
A história dos tamil leva-nos até a Dinastia Chola, uma dinastia tamil que até o século XIII, dominou o Sul da Índia. O sistema de governo era de uma monarquia, onde o Rei era comandante supremo e ditador benévolo. Cada vila dos seus domínios, era uma unidade de governo autónomo, com poder judicial. Durante o Reinado do Rajaraja Chola I e o do seu filho, esta dinastia tornou-se uma potência militar e económica na Ásia. As suas fronteiras estendiam-se das Maldivas a Andhra Pradesh, tendo até anexado partes do Sri Lanka.
A religião tradicional dos tamil é o Jainismo. Este é originário da Índia Antiga e os seguidores têm que respeitar o código de Jain (Reparte-se por Ahimsa - não violência, Satya - verdade, Asteya - não roubar, Brahmcharya - Castidade\só para monges), que assenta sobre os princípios da independência espiritual e igualdade para todos os tipos de vida com ênfase na não-violência e do auto-controlo, vital para alcançar o Moksha (realização da verdadeira natureza da alma). Hoje em dia a religião dominante por entre os tamil é o Hinduísmo e estes compõem a maioria dos seus seguidores.
Os tamil desta nação, não são um grupo homogéneo. Estes estão divididos em duas categorias:
- Os tamil do Sri Lanka – que subdividem-se em dois grupos os tamil do Este (ou tamil de Batticalao) e os tamil do Norte (tamil que traçam a sua origem ao Antigo Reino de Jaffna).
- Os tamil da montanha – que traçam a sua origem até aos trabalhadores tamil especializados, enviados pelos britânicos para o Sri Lanka da Índia, para as plantações de chá, café e borracha.
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