“Participe na mudança Apelo do Candidato Humberto Nuno de Oliveira
Aproximam-se as eleições Europeias e sobre elas importa tecer algumas breves considerações.
1. É importante que todos os que desejam uma mudança efectiva participem activamente nestas eleições.
2. É um desperdício votar nos partidos do sistema. A presença portuguesa no Parlamento Europeu representa cerca de 3% dos votos totais. É escusado engrossar as vozes do Partido Popular Europeu (a que pertencem PSD e CDS... como pretendem eles internamente serem diferentes um do outro?) ou do Grupo Socialista onde, verdadeiramente, somos insignificantes. Assim, só uma voz diferente, ousada e crítica pode fazer sentido.
3. É fundamental dar força aos que ousam expor este modelo da Europa das Pátrias e criticam a "Europa" que meteram por nós a dentro.
4. É importante, para a defesa e futuro de Portugal que dê força ao projecto do PNR que afirma sem equívocos que, sendo aquilo que recebemos muito menos e de menor importância do que aquilo de que abdicamos, a União Europeia prejudica Portugal.Contamos consigo. Não fique em casa esperando que a mudança aconteça. Participe nela e castigue aqueles partidos que criaram nos portugueses a sensação de que não vale a pena votar!”
O que é que o PNR trás para estas eleições? Vejamos…
1. É importante votar.
2. A irrelevância do voto português, só é suplantada pela irrelevância do peso português na tomada de decisões das famílias políticas europeias. Ao serem eleitos, os eurodeputados do PNR serão ainda mais irrelevantes do que os outros.
3. É importante dar força [por muito irrelevante que seja] aos que não concordam com a “Europa” e só sabem reclamar ou choramingar.
4. Não vote no PNR porque têm boas propostas… não!… vote no PNR para castigar os outros.
A grande mensagem do PNR é que a União Europeia prejudica Portugal, e assim sendo, o partido quer denunciar as “falcatruas” deste modelo Europeu. Pois… A novidade é que podem fazê-lo sem eleger eurodeputados, para uma Europa que não acreditam.
Por trás do PNR está a ideia de que estamos a vender Portugal e o seu aparelho produtivo. Uma ideia que até poderá ter algo que se lhe diga, porém sem substância não deixa de ser um cliché barato com o intuito de captar votos.
Quando falamos neste partido, também não podemos esquecer a sua política de imigração, melhor dizendo… da sua política de não à imigração, como se os imigrantes fossem o grande problema em Portugal. Isto não deixa de ser um discurso que considero ser um de ódio e clara xenofobia, que está longe de identificar uma sociedade portuguesa de muitos emigrantes e com uma boa abertura, no que toca o acolhimento daqueles que escolhem o nosso país para fazer a sua vida. É um discurso fácil daqueles que gostam de tapar o sol com a peneira… afinal, apontar o dedo é sempre mais fácil do que olhar para o próprio umbigo. Algo típico do PNR, muito choro e pouco conteúdo.
Ainda há pouco tempo o cabeça de lista do PNR, Humberto Nuno de Oliveira, afirmou:
"As pessoas devem saber que se a policia não age é porque não tem meios, porque está desautorizada, está num país de pernas para o ar onde o criminoso é sempre um bom, um desgraçadinho, um indivíduo cheio de problemas sociais e o agente da autoridade é sempre um malandro que persegue esses jovens desenquadrados, essa gente coitadinha, tão desprotegida da sociedade."
Mais uma vez, um discurso que usa e abusa da realidade ao mesmo tempo que transpira ódio, e desprezo. Gostava de saber quem é que considera os polícias como “…um malandro que persegue esses jovens desenquadrados, essa gente coitadinha, tão desprotegida da sociedade.” Simplesmente vazio de conteúdo… e depois vêm a história dos coitadinhos e indivíduos cheios de problemas sociais, como se isso arrumasse as ideias de quem considera a integração social como a primeira linha de defesa contra a delinquência. Gostava de ver o Sr. Candidato a levar a sua família para viver num destes bairros problemáticos, sem que nenhum membro se sentisse deslocado. Não são coitadinhos não… são pessoas que se disserem onde vivem, enfrentam a possibilidade de não conseguir emprego; são pessoas que em muitos casos nem uma pizza lhes entregam em casa; são pessoas que foram arrumadas em autênticos guetos, para que a sociedade se sentisse melhor. Não quero com isto dizer que estes factores justificam o comportamento criminoso… não. Mas é através do verdadeiro entendimento das causas, que podemos tentar cortar o mal pela raiz. Não duvido que para o PNR, a simples repressão e perseguição fosse a solução mais simples. Para quê perceber o fenómeno quando é mais fácil impedir o comportamento criminoso através do medo, com penas mais duras e cacetadas. Pois o ponto a ter em conta é que isto não resolveria nada, só adiaria o problema, e criaria outros pelo caminho.
É bom ter também em mente a “vertente política” do PNR. Tome-se estas declarações do candidato:
"Na realidade, é bom que as pessoas saibam que as forças de polícia tinham melhores condições em 1958 do que têm nos nossos dias, que foram perdendo regalias que foram sendo sucessivamente atacadas."
Não tenho qualquer preconceito contra quem defende o Estado Novo. Está com certeza no seu direito. Mas comparar 1958 com 2009 é já de si fantástico, para mais deixando de parte o que é que a repressão daquele tempo criava… a par da segurança, claro está [segurança sim, mas não a qualquer custo]. Enfim… o importante é que os eleitores que querem votar PNR, devem fazê-lo… mas percebam bem o que estão a legitimar.
2. A irrelevância do voto português, só é suplantada pela irrelevância do peso português na tomada de decisões das famílias políticas europeias. Ao serem eleitos, os eurodeputados do PNR serão ainda mais irrelevantes do que os outros.
3. É importante dar força [por muito irrelevante que seja] aos que não concordam com a “Europa” e só sabem reclamar ou choramingar.
4. Não vote no PNR porque têm boas propostas… não!… vote no PNR para castigar os outros.
A grande mensagem do PNR é que a União Europeia prejudica Portugal, e assim sendo, o partido quer denunciar as “falcatruas” deste modelo Europeu. Pois… A novidade é que podem fazê-lo sem eleger eurodeputados, para uma Europa que não acreditam.
Por trás do PNR está a ideia de que estamos a vender Portugal e o seu aparelho produtivo. Uma ideia que até poderá ter algo que se lhe diga, porém sem substância não deixa de ser um cliché barato com o intuito de captar votos.
Quando falamos neste partido, também não podemos esquecer a sua política de imigração, melhor dizendo… da sua política de não à imigração, como se os imigrantes fossem o grande problema em Portugal. Isto não deixa de ser um discurso que considero ser um de ódio e clara xenofobia, que está longe de identificar uma sociedade portuguesa de muitos emigrantes e com uma boa abertura, no que toca o acolhimento daqueles que escolhem o nosso país para fazer a sua vida. É um discurso fácil daqueles que gostam de tapar o sol com a peneira… afinal, apontar o dedo é sempre mais fácil do que olhar para o próprio umbigo. Algo típico do PNR, muito choro e pouco conteúdo.
Ainda há pouco tempo o cabeça de lista do PNR, Humberto Nuno de Oliveira, afirmou:
"As pessoas devem saber que se a policia não age é porque não tem meios, porque está desautorizada, está num país de pernas para o ar onde o criminoso é sempre um bom, um desgraçadinho, um indivíduo cheio de problemas sociais e o agente da autoridade é sempre um malandro que persegue esses jovens desenquadrados, essa gente coitadinha, tão desprotegida da sociedade."
Mais uma vez, um discurso que usa e abusa da realidade ao mesmo tempo que transpira ódio, e desprezo. Gostava de saber quem é que considera os polícias como “…um malandro que persegue esses jovens desenquadrados, essa gente coitadinha, tão desprotegida da sociedade.” Simplesmente vazio de conteúdo… e depois vêm a história dos coitadinhos e indivíduos cheios de problemas sociais, como se isso arrumasse as ideias de quem considera a integração social como a primeira linha de defesa contra a delinquência. Gostava de ver o Sr. Candidato a levar a sua família para viver num destes bairros problemáticos, sem que nenhum membro se sentisse deslocado. Não são coitadinhos não… são pessoas que se disserem onde vivem, enfrentam a possibilidade de não conseguir emprego; são pessoas que em muitos casos nem uma pizza lhes entregam em casa; são pessoas que foram arrumadas em autênticos guetos, para que a sociedade se sentisse melhor. Não quero com isto dizer que estes factores justificam o comportamento criminoso… não. Mas é através do verdadeiro entendimento das causas, que podemos tentar cortar o mal pela raiz. Não duvido que para o PNR, a simples repressão e perseguição fosse a solução mais simples. Para quê perceber o fenómeno quando é mais fácil impedir o comportamento criminoso através do medo, com penas mais duras e cacetadas. Pois o ponto a ter em conta é que isto não resolveria nada, só adiaria o problema, e criaria outros pelo caminho.
É bom ter também em mente a “vertente política” do PNR. Tome-se estas declarações do candidato:
"Na realidade, é bom que as pessoas saibam que as forças de polícia tinham melhores condições em 1958 do que têm nos nossos dias, que foram perdendo regalias que foram sendo sucessivamente atacadas."
Não tenho qualquer preconceito contra quem defende o Estado Novo. Está com certeza no seu direito. Mas comparar 1958 com 2009 é já de si fantástico, para mais deixando de parte o que é que a repressão daquele tempo criava… a par da segurança, claro está [segurança sim, mas não a qualquer custo]. Enfim… o importante é que os eleitores que querem votar PNR, devem fazê-lo… mas percebam bem o que estão a legitimar.
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