quinta-feira, 29 de abril de 2010

Portugal em pé de guerra

O Estado Português está a ser atacado. Às armas… Esta é uma “guerra” que Vital Moreira acredita que Portugal conseguirá vencer. Às armas, às armas.


Os porcos e sujos* especuladores, cujas mentiras e desenganos fazem baixar o “rating” da dívida pública, para desespero do nosso nobre povo. Às armas!

Bravos generais do nosso tempo, PSócrates e PSD-Coelho juntam-se contra este ataque especulativo, para levantar o esplendor de Portugal. Antecipam-se medidas, apertam-se mais cintos. Afinal sempre havia uma crise…

Os especuladores... Nem quero começar a falar nesses especuladores… Foram eles que desviaram atenções da crise durante meses sem fim, pintando um cenário cor-de-rosa [em ambos os sentidos]. Foram eles que impediram o governo de actuar quando era necessário, atando as mãos e os pés ao primeiro-ministro. Foram eles que esconderam o verdadeiro défice… daí a frase:

“Está para nascer um especulador que tenha feito pior ao défice do que estes trambolhos.”

Portugal estava de vento em popa, veio a crise estrangeira. Portugal estava a recuperar, vieram os gregos, que para além do europeu querem também a nossa economia. Portugal tinha um plano, vieram os especuladores. Raios partam estes adamastores que nos impedem de “Avançar Portugal”.

Às armas… contra os canhões murchar, murchar…




*Não tomam banho.
[Imagem retirada de Mundo da Cultura]

Deslize


Em período eleitoral o candidato Gordon Brown teve azar [ou os ingleses tiveram sorte, depende do ponto de vista] com uns microfones que ficaram ligados. Depois de um encontro com uma eleitora, o primeiro-ministro desabafa:



Se fosse cá só se acrescentaria um “pá”… brincadeirinha.


[Imagem retirada de ukoptometry]

terça-feira, 27 de abril de 2010

25 de Abril de agora


Mais um 25 de Abril passou, pouca coisa mudou.
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O CDS-PP trás os 3 dês [divida, défice e desemprego].

O PCP e o PCP II [PEV] falam na constituição como apanágio de esquerda.

O BE apela à criação de uma “esquerda grande”. O que equivale a não dizer nada.



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Na Madeira o 25 de Abril continua a não ser comemorado oficialmente, por força de um PSD-M autoritário, dominado por um Sr. que acredita ser dono da ilha.
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Cavaco faz um discurso, Fernando Nobre aplaude esse discurso, e Manuel Alegre, apesar de toda a sua visão poética para Portugal [escapa-se-me um LOL], não resiste na tacadinha a Cavaco: “Gostei da primeira parte do discurso do Presidente, em que se referiu ao grande capitão Salgueiro Maia - aliás, retificou a omissão de outros tempos."

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Ficámos a saber que Sócrates “Nunca sonhou ser primeiro-ministro”, o que calha bem porque a maioria dos portugueses também nunca sonhou ter um primeiro-ministro assim.

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Mas curiosamente o melhor deste 25 de Abril foi a 23 de Abril quando em Paços de Ferreira, militantes locais organizaram uma homenagem a Mário Soares. Não sei se por causa da entrada, propiciada pela deputada Glória Araújo [Soares “a figura maior da democracia”, e “Soares é fixe”], ou se Marte estava alinhado com Saturno, mas Soares estava mais… Soares:

Tenho muita honra de ser político. Quando dizem que os políticos são uns ladrões e que os políticos são uns malandros, eu devo dizer que há grandes excepções. Eu sou uma excepção, mas eu acho que a maior parte dos políticos, de todos os partidos, não são ladrões.”

Atenção à modéstia…

Um abuso e uma maneira de maltratar a política quando se diz que os políticos são uns ladrões.”

Não faltava mais nada do que começarem a dizer que os cidadãos andam a maltratar a coitadinha da política…

Um político ladrão é o pior que pode acontecer (…) É uma pessoa viver à custa do Estado e chupar o Estado sem servir os seus concidadãos.”

Nem imagino…

Acho que o que conta no mundo não é o dinheiro nem a vaidade. É as pessoas poderem contactar com os outros e conseguirem a confiança das pessoas.”

Dois quilos de carne por favor…pago em confiança e deixo o meu nº para contactarmos…

A crise que hoje se está a viver é séria, mas foi importada”.

Cereja no topo do bolo.
 

sábado, 24 de abril de 2010

Cartão de deputado a leilão


Prometeu, cumpriu.


José Manuel Coelho deputado do PND na ALRAM pôs o cartão de deputado no leilões.net.

Base de licitação: 100,00 EUR

Fantástico!


[Imagem retirada de leilões.net]

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Problema Medeiros resolvido

Apareceu o problema, transformou-se em “batata quente”, e surpresa das surpresas, Inês de Medeiros vai ter as viagens e demais despesas pagas pela AR tendo em conta a residência em Paris. Decisão de Jaime Gama, tem por base um parecer do auditor jurídico. O parecer aponta dois argumentos: o princípio da igualdade entre todos os deputados [parece-me bem… afinal se todos “fazem o mesmo”…]; o princípio constitucional [epa… constitucional, é coisa séria] de que os parlamentares devem dispor dos meios para cumprir as suas funções [?!].





Não obstante a deputada eleita por Lisboa, vê pagas as despesas para a sua residência em Paris. No sentido mais tradicional do termo, isto são tretas. O que a lei não determina, desemboca na discrição partidária, e nenhum deputado se incomoda com o assunto. Ninguém diria!

[Imagem retirada de fotografiasempre]

Mais palhaçada do PND-M


José Manuel Coelho deputado único do PND, faz jus à sua maneira peculiar* de fazer política. Desta feita a pobre desculpa de deputado foi impedido, pela PSP, de entregar um ramo de cravos a Sócrates [para demonstrar que o 25 de Abril não chegou à Madeira] durante o cortejo da festa da flor.

Muito indignado por não ter tido a oportunidade para mais um dos seus desvarios, José Coelho anunciou que pretende colocar o seu cartão de parlamentar à venda como forma de protesto. Aparentemente o “deputado” tem a distinta lata em comparar os seus actos circenses, com uma espécie de exercício de funções.

Venda lá o cartão, pois está obviamente em mãos erradas.




* palhaçada , estupidez, enfim…
[Imagem retirada de PND-M]

terça-feira, 20 de abril de 2010

Madeira Política de agora


1080 milhões de euros de prejuízos causados pelo temporal na Madeira. Com a Lei de Meios a ser aprovada em Conselho de Ministros [substitui a Lei das Finanças Regionais] na próxima semana, estão dados os passos para o financiamento extraordinário da região, com vista a reconstrução. 740 milhões do Estado, 309 milhões do Governo Regional, mais 31 do Fundo de Solidariedade da União Europeia.

Sócrates na Madeira com Jardim “absolutamente convergente nas decisões do primeiro-ministro”. É oficial o armistício político Jardim-Sócrates que já vigorava há algum tempo, fruto da “união patriótica.” O resultado é que por enquanto Sócrates estará livre de quaisquer “cognomes” normalmente atribuídos pelo Presidente Regional ao Primeiro-ministro. 

Ainda na Madeira é notícia as recentes alterações na RTP-M e a criação de uma Comissão de Aconselhamento. Já foi formalizado o convite a 5 personalidades: Luís Miguel de Sousa [empresário \ para Presidente da Comissão], David Caldeira [empresário], José Castanheira da Costa [Reitor da Universidade da Madeira], Rui Massena [Maestro da Orquestra Clássica da Madeira], e Manuel Brito [Médico]. Para já as criticas do PS-Madeira pela mão de André Escórcio:


A escolha de Luís Miguel de Sousa para a presidência da Comissão é de certo a mais conflituosa, dado que o empresário é acusado frequentemente de posição monopolista, abrigada pelos amigos do “regime jardinista”. A pertinência de tal comissão é posta em causa, especialmente quando falamos num ambiente de comunicação social já de si “controlado” . Uma tentativa de criar o braço televisivo do Jornal da Madeira [como quem diz… do Governo Regional] ou simplesmente uma comissão para ajudar a melhorar a RTP-M, só o tempo e a gestão dos conteúdos o dirão.

Já que falo na Madeira, eis uma notícia perturbadora que nos faz pensar nos muitos porquês da vida política, no Diário de Notícias da Madeira:



O titulo fala por si; agora note-se a preocupação de “alguns” socialistas madeirenses:

“Certo é que há socialistas na Madeira que não entendem como é que, a nível nacional, não se opta por colocar em instituições tão importantes pessoas que, igualmente ou mais capacitadas tecnicamente, são da confiança política do PS, no caso actual. Na Madeira, não percebem que sejam sempre da área dos social-democratas”

O problema não é ocupar cargos importantes e estratégicos para o país com espectros partidários… não… o problema é estes não serem do PS… Haja paciência!



[Imagem retirada de Com que então...!]

domingo, 18 de abril de 2010

Elevação no Parlamento

Ontem à noite José Sócrates visitou a iniciativa Peixe em Lisboa. A propósito, um jornalista perguntou-lhe se preferia comer peixe com ou sem espinhas.


Por falar em espinhas, Sócrates não estava tão espirituoso umas horas antes quando Louçã disse na AR:


Sem microfone, mas de forma perceptível Sócrates responde:

“Manso é a tua tia, pá!”

Louçã já veio dizer que para ele é “assunto encerrado”:


No entanto convenhamos que para quem vem para o parlamento dizer que o PM está “mais manso”, os padrões não estarão assim tão elevados…

sábado, 17 de abril de 2010

Sobre Cartel Português do Combustíveis



O frenesim mediático e parlamentar de 2008 em torno dos combustíveis acalmou, e agora volta-se a falar sobre o assunto, volta o reboliço parlamentar. Muito pouco se passou desde 2008. Preços altos, anormalmente sincronizados e uma Autoridade da Concorrência com um Manuel Sebastião na senda de Vítor Constâncio no que toca à não regulação. Para esta entidade os preços dos combustíveis em Portugal acompanham a tendência internacional, e existe um paralelismo de comportamento entre os operadores. Que é uma maneira bonita de dizer que os preços estão altos e bem concertados. E está feito o trabalho, gráficos com cores, muitos números, explicações bonitas… não tarda nada vai para um cargo qualquer na Europa.


O ministro da economia por obra e graça do divino espírito santo apercebeu-se que o nível do preço dos combustíveis é "muito elevado". A demora em se aperceber deste aumento é perfeitamente compreensível, dado que provavelmente quem enche o depósito do carro do ministro é o motorista. Mas agora vai pedir explicações junto das autoridades e das empresas desse sector… um dia destes. A última vez que um Ministro da Economia falou “com preocupação” sobre os preços dos combustíveis foi igual ao litro [de gasolina]. Manuel Pinho ameaçou “tomar medidas”, o consumidor ficou a “ver navios” com a passividade da maioria PSócratista.

Tendo em conta a história, pouco se espera…



[Imagem de Manuel Sebastião retirada daqui.]

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dilapidar o Estado



Com a pressão imposta indirectamente pela crise [e políticas do governo PSócratista]e directamente pela U.E. vemo-nos a braços com algo que era alvo de cogitação pelo governo desde a última legislatura, uma vaga de privatizações que aparenta ser parente próximo de um plano de venda das pratas da família para sobreviver.

Uma possível privatização dos CTT é um bom exemplo. São os prejuízos de 50,6 milhões de lucros [21,3 milhões para o Estado] que nos queremos livrar? Queremos sanar a má gestão de uma empresa pública que perante o congelamento dos salários nas empresas públicas, pede para aumentar salários. Talvez seja a qualidade do serviço o problema… não existente, mas um problema. Será a privatização dos CTT um meio para baixar preços de serviços que já são baixos [e que de qualquer maneira duvido que descessem]?

Ora se tudo o que foi dito acima funciona, existirá alguma razão válida para uma privatização de uma empresa de valor estratégico e com uma importante responsabilidade social? Depois das pratas vendemos o quê? As panelas? Pouco mais restará senão vender o corpo, cujo equivalente será vender a pátria. Tudo para sustentar um despesismo galopante fruto de um desnorte de lideranças políticas e tricas partidárias. A defesa de menos Estado é um bom princípio mas não um fim em si mesmo. Nem este nem as contas públicas deverão ser desculpa para a dilapidação do Estado, ou das suas mais-valias.

 
[Imagem retirada de Grilo Cantante]

terça-feira, 13 de abril de 2010

XXXIII Congresso Nacional do PSD

“Unidade para mudar Portugal”
A coesão em torno do líder num partido que não é uniforme, é a face visível da unidade de Coelho para o PSD. 13 listas depois Coelho reforça a sua liderança com 87% na sua lista para a Comissão Politica, maioria absoluta para o Conselho Nacional [com Rangel], e sete membros no Conselho de Jurisdição Nacional.

A única “ameaça” à unidade de Coelho vem da Madeira.

"Eu, de facto, não concordo ideologicamente, nem na prática política, com a actual direcção do partido, mas isso não significa que eu vá fazer alguma coisa que seja uma faca nas costas, uma tentativa de conspirar, porque não tenho jeito para conspirar" Alberto João Jardim

No último congresso Jardim presenteou-nos com um exemplo da sua teatralidade, desta feita optou por não comparecer, mas manteve a teatralidade. Passos Coelho vai ao Pontal, mas não será convidado ao Chão da Lagoa. Vejamos, o PSD-M é Jardim, por conseguinte o PSD-M não gosta de Coelho. Luís Filipe Malheiro junta-se à festa e critica assim Miguel Frasquilho, “o elo mais fracos nos discursos de medíocres que andam por aí à solta”.

Considerado muito próximo de Alberto João Jardim, o também chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desafia o “caricato” deputado – que “graças aos seus tachos todos, está bem de vida, ainda por cima com a reforma vitalícia no papo” - a “ter a coragem de propor que as reformas vitalícias sejam imediatamente extintas e que cada um ganhe a reforma a que tem direito e para a qual descontou”.

O acelerar do processo de revisão da Constituição da República [antes das presidenciais], a revisão do PEC, o ataque à “subsídiocracia”, e o combate à corrupção foram as linhas mestras de Passos Coelho neste fim de semana. Calmo, confiante, simpático, bom gestor da sua imagem, e aparentemente hábil na gestão de forças no PSD... Passos Coelho de vento em popa.
Neste congresso também Menezes foi protagonista de uma “ocasião”, acontece que hoje não há paciência para o Menezes.**


*com isto quero dizer: jornal pouco tendencioso; fiável meio de comunicação social.
**para quem tem paciência: Menezes; Coelho; Capucho.
[Imagem retirada do Público]

quinta-feira, 8 de abril de 2010

PSD Coelho


Passos Coelho cumpre a sua promessa mostrando o que o diferencia da anterior direcção, assim convida Paulo Rangel para encabeçar a lista ao Conselho Nacional [1;2] e Aguiar-Branco para presidir à comissão de revisão do programa do partido [ambos aceitaram]. Aparentemente a intenção de Passos Coelho é a de apresentar uma lista de unidade ao Conselho Nacional com representação proporcional das diferentes candidaturas. A verdade é que para suplantar os “feitos” da direcção cavaqui… de Ferreira Leite nesta matéria, praticamente nem seria necessário qualquer esforço.

No topo da agenda de Coelho estarão as eleições para a direcção do grupo parlamentar [na véspera do próximo debate quinzenal] , e o XXXIII Congresso que apesar de se tratar de um formalismo será usado para reforçar a ideia de unidade.

Ainda este ano vamos assistir ao regresso do líder do PSD à festa do Pontal, coisa que não acontecia no período Leitista. Recuperar a unidade do partido sempre se afigura mais simples quando, como já tantos dizem, “cheira a poder”. Adicione-se um Passos Coelho a tempo inteiro na política [renunciou aos cargos que exercia no grupo Fomentinvest], envolva-se um PM dono de uma imagem manchada, e teremos previsivelmente um PSD mais activo e mais disciplinado.

Confusão no PPM


Nuno da Câmara Pereira já não é líder do PPM e sai do partido claramente com um gostinho amargo na boca.


Liderança à parte surgiu também uma confusão em relação à filiação de Nuno Pereira. Paulo Estevão [líder interino] veio dizer que o ex-líder “está demissionário e desfiliou-se” e que se “pretender retirar essa desfiliação e essa demissão só tem que o comunicar”. Já Nuno Pereira disse que punha à consideração do Conselho Nacional a minha desfiliação. “Não me considero desfiliado nem o digo na minha carta”


PPM mantêm a intenção de promover a realização de um referendo à República
“Vamos continuar com essa iniciativa (...) O que exigimos é o que foi prometido há 100 anos, não temos medo da democracia” Paulo Estevão


Três coisas que me ultrapassam:

- Depois de ter entregue a carta de demissão, ao ex líder do PPM basta comunicar: Epá enganei-me… amiguinhos outra vez, está bem?

- Faz algum sentido: pôr à consideração do Conselho Nacional a minha desfiliação…

- Serão precisos mais 100 anos de República, para que parem de querer um “presidente” com direitos hereditários e divinos?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Libertinagem de expressão

As audições na Comissão de Ética sobre a liberdade de expressão continuam a produzir “lavagem de roupa.” A perspectiva de que se possa retirar alguma conclusão desta amálgama de depoimentos é só por si, hilariante.

Nas audições de ontem Santos Silva [na altura com a pasta na comunicação social] reafirma que nunca, como ministro, se pronunciou sobre o cancelamento do jornal.

Pais do Amaral [ex-presidente da Media Capital] apontou baterias para José Eduardo Moniz [que já desvalorizou] afirmando que "houve um período em que a TVI tomou um conjunto de decisões de que se desviaram da linha de isenção e credibilidade", e confirmou que a TVI foi usada como "plataforma para derrubar o Governo de Santana Lopes." Declaração que o próprio Santana Lopes considerou ser histórica, aproveitando para relembrar o movimento contra o seu governo e a altura em que um Presidente da República foi militante.



Mais acutilante Emídio Rangel [antigo director da SIC e da RTP] dispara uma rajada de acusações:

  • Aos juízes, que facultam aos jornalistas os documentos e violam o segredo de justiça;
"Nesta roda entraram há pouco tempo a Associação Sindical dos Juízes e o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: obtêm processos para os jornalistas publicarem, trocam esses documentos nos cafés, às escâncaras".
  • Aos que envergonham o jornalismo como Manuela Moura Guedes, José Eduardo Moniz, José António Saraiva, José Manuel Fernandes, Francisco Pinto Balsemão;
"Em Portugal existe bom jornalismo e bons jornalistas, mas é cada vez maior o número dos que atropelam o código deontológico. Esta peste entrou em Portugal pela mão de Paulo Portas quando era director do Independente, que fez primeiras páginas sem respeito ou valor pela dignidade humana."

  •  Às agências de comunicação que "a maior parte delas plantam notícias, têm jornalistas por conta, compram jornalistas".

Rangel garante também que foi saneado politicamente da RTP. O presidente da RTP disse-lhe que era um bom profissional mas tinha que sair, assim sendo, haveria um acordo ou haveria um processo disciplinar. Rangel conta a José Miguel Júdice e este arranja um encontro com Morais Sarmento ["com quem tinha entendimento preferencial"… sublime!]. "Só temos 90 mil contos, não temos outra solução", foi o resultado desse encontro.

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses já reagiu às declarações processando Rangel. Algo que não o atemorizou, visto que já reiterou as acusações.


Resta esperar para saber se o problema está na liberdade de expressão, na libertinagem de expressão ou em ambas. O que fica exposto sem dúvida alguma é o submundo de tricas políticas e jogos de poder que caracterizam o quotidiano político-social português.

Engenheiro Sócrates

O Público volta ao passado do primeiro-ministro, nos anos em que beneficiava do regime de dedicação exclusiva como deputado. Apesar de estar impedido de exercer qualquer actividade profissional, foram encontrados 21 projectos assinados por Sócrates. Para além disso o Público também fala em histórias de lapsos e em desleixo profissional.


Sócrates responde:




Diria que com três parágrafos Sócrates conseguiu bater um dia de notícias.

Presidencial

Manuel Alegre lança um livro, "O Miúdo que Pregava Pregos numa Tábua", e terá uma cátedra com o seu nome na Universidade de Pádua [investigação nas áreas de língua, literatura e cultura portuguesas].  



Licença poética [que sempre me pareceu arrogância poética] e uma cátedra em seu nome [que é mais importante do que ser-se Presidente do seu país].

As mais valias de um candidato presidencial

[Imagem retirada de ManuelAlegre.com]

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Submerso

Quase mil milhões de euros empatados em dois submarinos [cortesia do Governo PSD\CDS-PP] cuja necessidade é no mínimo questionável. A meio da história, “consultadorias estratégicas” [versão corrupta] e contrapartidas descompensadas. Durão Barroso “não teve qualquer intervenção directa ou pessoal”, e Paulo Portas tomou a sua decisão “com base em seis critérios definidos, em 1998, por um Governo do PS de António Guterres.” Nenhum deles teve reuniões com o cônsul implicado na acção judicial. Milhões em luvas e a coisa passava na mesma… que coisa…

Jurgen Adolf que já tem 15 anos como cônsul honorário de Portugal em Munique, não coleccionava simpatias por entre os residentes portugueses. Mais de 500 deles subscreveram um abaixo-assinado exigindo a sua substituição, acusando-o de “aproveitamento pessoal” do cargo. O cônsul honorário soube pela imprensa que foi suspenso e repudia as suspeitas que recaem sobre ele.

A criação de uma possível comissão de inquérito sobre as contrapartidas fica congelada pois não reúne adeptos suficientes e porque Jaime Gama, é contra a multiplicação de comissões de inquérito. [já há duas: Magalhães; Compra da TVI]. Ainda sobre essas contrapartidas fica na mão do governo o uso da alguma margem de manobra providênciada pelas acusações de corrupção para uma possível renegociação.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Liberdade de expressão na Madeira



Numa altura que se fala em liberdade de expressão e comunicação social na AR, também na Madeira se agitam “bandeiras” de liberdades reprimidas.


O Bloco de Esquerda requereu [02-02-2010] um debate de urgência sobre a liberdade de expressão e os apoios à comunicação social. O PSD rejeitou o pedido [na semana passada] e já se vê a braços com uma comissão de inquérito requerida pelo PS.


Não consigo entender a razão desta investida contra Alberto João Jardim. Fala-se em intimidação e processos contra jornalistas. Errado… Jardim parece querer processar toda a gente… o líder do PS/Madeira... a PSP Madeiraum dirigente do PND-Madeira... o deputado socialista Carlos Pereira e o DN... os membros da CNE... o semanário Expresso

E se dúvidas haviam, foram todas esclarecidas já em 2009, com o fabuloso “ofício” de Jardim para as autarquias e secretarias regionais no qual dá “indicações para que levem a tribunal todos aqueles que entendam estar a pôr em causa o bom nome pessoal e das instituições.“


O Presidente Regional aparenta simplesmente ser cioso da sua imagem e atento a calúnias. Algo que é normal vindo de uma pessoa com um tacto particular, muitas vezes incompreendido. É com carinho que Jardim se refere aos jornalistas como … corruptos… comunas… súcias… fascistas… tolos… incapazes… incultos… gente reles… mentes recalcadas… exóticos [atenção ao requinte]… incumpridores de estatutos editoriais… ralé que não toma banho… bastardos… até mesmo filhos da (…) Alguém não acredita que é com carinho? Como disse Jardim: “Fuck them*”

Com o mesmo carinho o continente é a Sicília Hispânica… a oposição madeirense é um bando de loucos… o Governo um bando… Morais Sarmento é demente… Monteiro, José Manuel Coelho, e Louçã são fascistas… Sócrates é um sem vergonha e um Mugabe da Europa…


Pressões ao "Tribuna da Madeira" ou ao "Diário de Notícias da Madeira" serão com certeza exageros. Falemos antes em recomendações de boa convivência político-social. E sobre o Jornal da Madeira, mais conhecido por jornal do governo [ou do PSD-M], basta lê-lo para ter uma ideia da sua “imparcialidade”. Na campanha interna do PSD, por exemplo, enquanto Passos Coelho enviou uma carta aos militantes madeirenses, Rangel optou por publicá-la [lá está] no Jornal do PSD-M. Refiro-me ao Jornal da Madeira e não ao Madeira Livre [jornal editado pelo PSD].
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