quarta-feira, 31 de março de 2010

Medeiros "batata quente"

Inês Medeiros continua com o problema das viagens por resolver, e compreensivelmente começa a perder a paciência:

Permita-me, sr. Presidente [da Assembleia da República], que estranhe que tenham sido necessários mais de cinco meses para que se tenha chegado à conclusão que era necessário um apoio jurídico para resolver o caso omisso que pelos vistos represento. Não posso transigir com mais esta demora. Sinto-me obrigada a reagir (…) Quando assumi funções, os serviços da Assembleia da República pediram-me informações sobre o meu local de residência e informaram-me que me seria dado um tratamento em conformidade com o Estatuto dos deputados. Nada pedi. Não solicitei qualquer tratamento de excepção, tendo mesmo assumido os custos das minhas deslocações até ao momento em que os serviços me contactaram dando instruções para deixar de o fazer. A partir desse momento segui estritamente essas mesmas orientações. (…) Tornei-me o alvo dos mais insidiosos ataques, não tendo qualquer possibilidade de me defender dado que em nada a resolução deste caso depende de mim. Consciente que, mais do que eu, é a instituição que é visada, só posso dirigir-me a V. Exa. Sr. Presidente, o seu mais alto representante, no sentido de solicitar o imediato esclarecimento e resolução desta situação que se arrasta há já demasiado tempo


O problema é que a AR anda com a “batata quente” de mão em mão, e ninguém quer tomar a dianteira na resolução do problema. Demasiadas atenções estão voltadas, e o PS não tem grande maioria. Numa altura de crise em que se apertam bolsas, assuntos desta natureza não são exactamente uma mais-valia. O que custa tanto admitir é que a deputada Inês Medeiros só está a pedir acesso ao filão dos “pequenos” milhares destinados a direitos semelhantes de ministros e outros deputados.

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