quinta-feira, 11 de março de 2010

Dalai-Pequim


Em 1991 George H. W. Bush foi o primeiro presidente dos E.U.A. a se encontrar com o Dalai Lama. Apesar dos muitos protestos chineses, desde então, todos os presidentes norte americanos têm vindo a encontrar-se com o líder espiritual tibetano, sempre deixando patente o carácter apolítico da reunião.


Com Obama não foi diferente, e não tardaram as acusações de ingerência e os protestos formais do governo chinês, para quem Tenzin Gyatso não passa de um líder de um grupo separatista. Obama apoia os “direitos humanos”, e Dalai Lama continua com a pressão internacional sobre Pequim pela autonomia do Tibete.


Entretanto o Dalai Lama, durante um encontro dos aniversários das duas tentativas falhadas de “insurreição” contra a China, acusou o governo chinês de “conduzir uma campanha de “reeducação patriótica” nos mosteiros do Tibete”, que visa a aniquilação do budismo. Tal afirmação já deu azo a um “bate boca” entre Pequim [enganos, distorções e separatismo] e “Dalai” [autonomia, liberdade religiosa, cultural, etc.] … demasiadas cedências para uma China que teme mais os resultados da autonomia tibetana, do que a autonomia em si.


O que também continua é o braço de ferro da Google que desde Janeiro deixou de censurar os resultados das buscas chinesas. Ontem, a Google reafirmou numa comissão de assuntos externos do Congresso dos Estados Unidos, que manterá a sua decisão, mesmo que isso signifique sair da maior comunidade online do mundo.

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