sábado, 27 de março de 2010

Sócrates não dormiu bem

Pedro Passos Coelho, com sede de campanha em frente da casa do PM, é agora o décimo oitavo líder do PSD, conseguindo 61% dos votos [cerca de 27 mil votos], e deixando para trás Rangel e Aguiar Branco que obtiveram 34,47% e 3,61% respectivamente [faltavam apurar 30 secções].

Os 3 % de Aguiar Branco podem ser facilmente entendidos como os níveis de aprovação da direcção de Ferreira Leite. Uma candidatura fadada para a derrota, que prometia a única coisa que toda uma direcção se esforçou por perder… a união do partido. Ver Aguiar Branco a mencionar no seu discurso de derrota a união, para que não hajam excluídos e marginalizados, tem um sabor especial sendo o vencedor Passos Coelho “o marginalizado”. Pior derrota só se fosse Ferreira Leite a concorrer.

Rangel volta para o Parlamento Europeu, de onde não deveria de ter saído. Para quem falou muito sobre as responsabilidades dos eleitos [com os dramas de Ana Gomes e Elisa Ferreira], sempre esteve muito desejoso de sair do PE. Agora e não só. Ainda nem tinha bem assente o rabiosque lá nas europas, já falava em sair. Isto já para não falar no triste espectáculo que protagonizou no PE, só para abrir caminho à sua candidatura ao PSD.


Passos Coelho fez o discurso que fez… nem muito quente, nem muito frio… mesmo assim, dois elementos importantes:
- Aguiar branco e Rangel convidados para os órgãos nacionais do PSD.
- Passos Coelho avança com precaução sobre o grupo parlamentar seleccionado por Ferreira Leite.



Tanto os candidatos, como o Conselho de Jurisdição do PSD falam em níveis de participação recorde [1; 2]. No entanto os números que estão disponíveis parecem indicar uma participação em linha com a das últimas eleições que deram a Ferreira Leite 37,6%. Nas últimas eleições haviam cerca de 77 mil militantes inscritos. Situação que não difere em muito dos 79 mil desta eleição. Tendo em conta que os números aparentam indicar uma participação de 60%, mais uma vez mantêm-se a semelhança. Não obstante estes níveis de participação são para todos os efeitos respeitáveis.

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