18 milhões de euros [+ 3 milhões do que em 2005]… é o que os partidos políticos irão receber anualmente, directamente do bolso de cada um de nós… peço desculpa... do Estado.
E para que não hajam cá confusões:
PS – 6,88 milhões;
PSD – 5,48 milhões;
CDS-PP – cerca de 2 milhões;
BE – cerca de 2 milhões;
CDU – cerca de 1,5 milhões;
PCTP/MRPP – 175 mil euros.
Isto já para não falar no dinheiro que entrará nos cofres dos partidos, da subvenção pública para as campanhas [9 milhões ao todo = a 20 mil salários mínimos mensais].
Falta dinheiro para isto e para aquilo, crise, coisa e tal, e entretanto os partidos vão lucrando com as campanhas. E para quê? Para toldar a paisagem com rios de cartazes, posters, versão após versão, que pouco acrescentam a uma campanha já de si ameaçada por politicas de circunstância e casos de prateleira.
Pelo que podemos constatar, os pequenos e “novos” partidos [que não receberam dinheiro] também vão pelo mesmo caminho. Eis um exemplo:
Esta foi a conversa.
"Em geral, achamos que foi uma campanha paupérrima. Os portugueses não estão nada mais esclarecidos sobre o futuro de Portugal. Foi mais do mesmo. Verificou-se um enorme despesismo daqueles [partidos] que já têm subvenção estatal" Eduardo Correia, Presidente do MMS
Esta foi a contribuição para a campanha.
Com certeza que com estes cartazes os portugueses ficaram mais esclarecidos…
Nas autárquicas a ideia acaba por ser a mesma… rios de dinheiro para muito pouca mais valia, embora o exagero não seja o mesmo do das legislativas. Agora uma particularidade. Os Srs. Autarcas que provavelmente não andam satisfeitos com a quantidade de dinheiro que têm disponível para propaganda decidem usar os recursos institucionais para fazer a sua propaganda e mandar recados…
Se isto não é propaganda com o objectivo de ora atingir um partido, ora beneficiar o seu, não sei o que será… enfim…
Já que falo em propaganda eleitoral "indevida", será difícil não falar no que um período eleitoral faz pela governação. A um ano e tal destas legislativas, o governo virou “socialista”, ficou mais dócil e mais preocupado com as questões sociais. Agora mais perto das autárquicas, estradas são pavimentadas e pintadas, ciclo vias e outras coisas são construídas.
Perante este cenário a recomendação só pode ser uma… já que ganhar eleições é só o que os partidos vêm à frente do nariz, reduza-se a duração dos mandatos, de modo a que a governação seja um período eleitoral permanente…
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