quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vamos brincar à democracia

Depois de uma maioria absoluta marcada pelo autoritarismo e pela arrogância, PSócrates apanha as aparas eleitorais e é obrigado a brincar à democracia.

Assombrado pelo fantasma da governabilidade… melhor dizendo, fazendo uso do fantasma da governabilidade, o “partido do governo” recebe os outros partidos em “reuniões de trabalho” para os sondar, ou pelo menos para fazer vista e cumprir uma formalidade necessária, quando levado em linha de conta as circunstâncias políticas em que o PS se encontra.




Ao contrário do que pensa o nosso Primeiro-ministro, um quadro de diálogo político está longe de ser um último recurso de um governo em apuros. Este quadro de diálogo político, do qual não foi feito uso pelo governo quando em maioria absoluta, é o necessário para uma democracia saudável e flexível, mesmo quando obtido pela obrigatoriedade de um parlamento reforçado.


Fiquemos pelo optimismo de Manuel Alegre na crença do talento de Sócrates para governar sob estas condições, até porque não acredito que haja qualquer problema de governabilidade, antes pelo contrário, agora vamos ter mais democracia do que em muitos momentos da última legislatura. Tudo depende agora da boa vontade dos partidos com representação parlamentar em agir num quadro democrático e não num de tricas políticas.

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