terça-feira, 16 de setembro de 2008

Jardim dos meus partidos


Jardim continua a campanha para 2009 [ou pelo menos assim o parece]. De tudo o que está patente no pensamento de Jardim, a ideia de que, “os partidos políticos precisam de se regenerar. Tal como estão, não têm nada a ver com a população”, é das que eu mais concordo. Nesta partidocracia à portuguesa o elemento secundário é o cidadão que só é importante enquanto eleitor, que se usa quando necessário, descartando-se depois. Os partidos [por acção dos políticos] deixam-se embeber pelo politiqueiro dos partidos sistema num mundo de interesses, relegando para segundo plano a livre prática de uma democracia consciente e consistente com os seus princípios base.

Como sempre, Jardim esquece-se que o PSD-M é um dos tais partidos politiqueiros que está a precisar da tal regeneração. A julgar pelos que já se estão a engalfinhar pelo poder, por já estarem a cheirar a saída del Presidente [também muito exótico], essa mudança vai ser diminuta. A diferença do PSD-M é que ao invés do partido não ter “nada a ver com a população”, o partido diz como é que a população deve ser.


“Estou em pânico com medo que Portugal perca esta oportunidade”, disse Jardim. Bate mais um pouco na Constituição, com os pedidos de sempre, por entre os quais encontram-se: a vertente programática da Constituição; a possibilidade vedada de referendar a Constituição; a politização da justiça através do Tribunal Constitucional.
Jardim não deixou de cutucar na defesa da regionalização, pondo-a como arma importante para travar a globalização [cada um tem as suas prioridades].

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