quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bloco Central




De volta que está às lides políticas, Pedroso não perdeu tempo em associar a sua imagem pública, com algo que não termine em “ia”.
Longe de comentar o empurrãozinho que Pedroso decidiu dar ao PSD [que António Borges já agradeceu], com a aliança das alianças, prefiro relevar a facilidade com que se fala na necessidade de “garantir a governação” com uma maioria absoluta [ou acordo com vista a]. Terreno perigoso este o de equiparar a boa governação, a uma governação sem obstáculos de maior. Se as boas governações só fossem possíveis em maioria, a democracia escusava-se a existir.


Sei que este é um conceito difícil de abarcar, nestes tempos de mão de zinco PSócratista, no entanto há que ter em conta que a funcionalidade [o facilitismo] não pode [só por si] sobrepor-se aos princípios que viabilizam a democracia. Devemos a todo o custo resistir a ideias que nos levam pelos meandros da ex-proposta sobre a Lei eleitoral autárquica, ou da redução da importância do factor proporcionalidade, entre o poder político e a sociedade [sacrificada já o suficiente]. Lá porque os nossos partidos não sabem conviver numa atmosfera completamente democrática, isso não significa que nos tenhamos que nos resignar a isso.

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