segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Madeira democrática


Sócrates usou a falta de democracia na Madeira, no início de hostilidades [rentrée] oficial do PS. Nada que não estivéssemos à espera, pois mais recentemente o comportamento antidemocrático tem vindo a ser imputado aos Açores e ao Governo.

Alberto João Jardim puxando pela sua veia argumentativa habitual, afirmou que “toda a gente sabe que o senhor Sócrates é uma pessoa sem vergonha.”
Isto sim, é explicar bem as coisas…


João Carlos Gouveia [líder do PS-M] não tardou em mandar o seu bitaique, dizendo que a situação democrática na Madeira não é grave, “é gravíssima”. João Gouveia pegou na falta de pluralismo na informação, que é de facto um problema na região. A Madeira é um perfeito exemplo do porquê da necessidade da limitação dos mandatos. Esta falta de pluralismo na informação [à qual podemos juntar o poder excessivo de um só partido sobre as instituições e mentalidades madeirenses], é uma consequência natural dos anos consecutivos de liderança “Jardinista”. O PSD-M criou raízes na Madeira, espalhou-se, e colonizou a totalidade do ambiente político e administrativo madeirense, cimentando por essa via uma extensa rede de clientelismos.

Não nos podemos é esquecer que a oposição não está isenta de culpas. Durante anos seguidos, a oposição madeirense pôs se de cócoras, mediante os grandes interesses que se movimentam pela ilha [vá se lá saber porquê]. Desde há muito, a oposição acomodou-se à sua posição submissa no espectro político madeirense, limitando-se a focar todas as suas forças no combate a Jardim [dando-lhe ainda mais força], esquecendo-se pelo caminho de criar uma alternativa credível e consistente.

Ainda ressabiado pelos os elogios de Jaime Gama a Jardim, o líder do PS-M, reivindicou mais solidariedade dos dirigentes nacionais socialistas [que desde há muito tempo não estão para se esforçar com “casos perdidos”] para com o PS-M.
Gostei de ler foi que, "mesmo de braços cruzados e em silêncio, os responsáveis, deputados, militantes e simpatizantes da estrutura regional são contribuintes líquidos dos resultados do partido a nível nacional." … Amigo, o problema é mesmo esse, “… de braços cruzados e em silêncio…”.

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