segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Quem manda aqui sou eu

Um segredo aqui, outro ali, e aos poucos é desvendada a maneira que Portas tem de fazer política. Perante o descambar, Portas tenta limpar a imagem do partido com toalhetes, ao convocar esta “reunião”, na tentativa de mostrar a democraticidade da sua liderança. Voltando aos segredos:

”Segundo o DN, o actual líder do CDS tem programada uma mudança na bancada parlamentar, com efeitos já na nova sessão legislativa, que terá sido combinada entre Portas, Feio e Mota Soares desde que o primeiro regressou à liderança e que foi mantida no maior dos secretismos.” Público

Secretismos à parte, a decisão de retirar o protagonismo parlamentar a Diogo Feio, não me parece de todo a mais acertada. Ao fim ao cabo a acção deste deputado na Assembleia, nada mais fez senão trazer credibilidade ao CDS-PP, através de uma oposição ao Governo de Sócrates, contínua e coerente. O partido só ganharia ao mantê-lo e ao dar-lhe ainda mais rédea. Às tantas o problema é que Feio faz melhor figura, do que a que Portas alguma vez fez nos debates parlamentares. O domínio de Paulo Portas sobre o CDS-PP tem sido uma força destrutiva para o partido, sendo a diferença, o facto de que agora isso está à vista de todos. Sobre a sede de poder do actual líder deste partido, nada mais tenho a acrescentar às palavras de Martim Borges de Freitas:

"Recuso-me a participar em mais uma acção de branqueamento de comportamentos pessoais, nomeadamente do presidente do partido, em mais um espectáculo de ilusionismo. As pessoas gostam muito de circo e adoram números que façam rir, mas ninguém vota em palhaços".

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