quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Debate sobre a crise simplificado


Sócrates: A Crise vem de fora… bla bla… resolvemos as contas públicas… défice de 2,2 %... política de rigor… no O.E. 2009 baixo o I.R.C. [cria dois escalões \ que desce para metade nos 12.500 de matéria colectável \ e desce 25 % para valores superiores]… aumenta a linha de crédito para PME’s [garantia pública de 50 % do seu valor, juros mais baixos…] … bla bla … medidas sociais levadas a cabo pelo Governo…

Paulo Rangel: Momento delicado para o país, etc… primeira palavra para os portugueses… podem contar com o PSD… instrumentalização política desta crise, pelo Governo… PME’s já lá vamos… e então os mega-investimentos, comé?…

Sócrates: Determinação, animo e vontade do Governo… não baixar braços… vou trocar a questão… o PSD manteve a sua política? [berros de fundo]… e as medidas que agora apresentei para as PME’s?... isso não fala? … bla bla…

Paulo Rangel: Nós não baixamos os braços, o governo é que baixa… e a proposta de cobrança do IVA do PSD? O governo rejeitou… as medida que traz só aumenta o endividamento e não tem efeitos agora… o PS aprovou a antecipação do pagamento de especial por conta, asfixiando as empresas [berros e palmas] e os subsídios dos trabalhadores vão ao ar… chega a ser ridículo… o PS aprovou o aumento para o dobro [sobre os encargos dedutíveis das despesas de representação] de uma taxa com efeitos retroactivos… é inconstitucional…

Sócrates: Ficamos a saber que o Sr. deputado é contra a linha de crédito para as empresas… [berros]… não precisam de entrar em histeria, porque isso não ajuda ao debate… [berros]… eu sei Sr. deputado, disse o que não devia… benefícios desta linha de crédito… maior redução de IRC… o seu partido quando se candidatou, reclamou por um choque fiscal e não fez… redução do IRC…ajudar as empresas…

Paulo Rangel: O Sr. primeiro não respondeu a nada… [Zero… diziam aos berros]… bla… nós estamos de acordo com a descida do IRC, porque já o propusemos em 2007 e o PS votou contra… a política do PS… bla bla…

Sócrates: Só podemos baixar os impostos depois de pormos as contas públicas em ordem… o seu partido lixou o país e nós tivemos que o remendar… [berros]…

Paulo Rangel: Há países que foram autorizados pela U.E. para fazer o que foi por nós proposto… e as suas medidas, apesar de positivas, não resolvem a tesouraria das empresas… [a bancada social democrata abandona em peso o plenário.



Paulo Portas: O FMI publica a previsão de crescimento 0 para Portugal… os portugueses preocupados pedem soluções, e não discussões estéreis… o CDS propôs o a redução do IRC no ano passado… pergunto-lhe se está disponível para reduzir o que o Estado vai buscar às pensões e salários [alterar a tabela de retenções na fonte]…

Sócrates: Não queres quezílias? De acordo… mas soluções não são desistir, como o PSD… bla bla…

Paulo Portas: Aceita a devolução mensal do IVA?... bla… Aceita que essa nova linha de crédito para as PME’s seja selectiva?

Sócrates: Estas duas medias que apresentamos são muito boas… bla bla… não devemos alinhar em facilidades… não podemos aumentar a divida pública, por causa dos juros que vamos pagar… e a sua proposta tem um peso orçamental demasiado pesado…

Paulo Portas: Essa é a nossa escolha … o Estado tem que pagar o que deve… se fosse a si preocupava-me com a lista de credores do Estado [só com 3 dividas], que nada tem a haver com uma democracia adulta… e os idosos? Ficam de fora das suas medidas… proponho que vá buscar dinheiro ao rendimento mínimo, onde há abuso, para aumentar a pensão mínima, social e rural… as pensões estão muito baixas…

Sócrates: O governo instituiu o complemento solidário para idosos… reduzimos as taxas moderadoras para os idosos… não vejo porque é que o Sr. deputado não se lembrou de medidas mais simpáticas para a sua campanhazinha… o seu governo é que não fez nada.

Paulo Portas: interpelação à mesa: a mesa que mostre os orçamentos dos anos em que estive no governo… para ver que houve mais aumentos das pensões.

Sócrates: pois, mas os seus governos… bla bla …


Jerónimo de Sousa: Foi claro o exercício de omissão de causas, para fugir às responsabilidades… e existência dos offshores, com lavagem de dinheiro?... nesta reunião dos 4 mais poderosos… como aceita as direcções desse directório?… grande capital financeiro… bla bla… fracos rendimentos do trabalho que o Sr. Primeiro-ministro não fala… a sua posição mais papista que o papa, sobre o pacto de estabilidade e crescimento…

Sócrates: falemos das suas soluções… nacionalizar a Galp e todos os bancos [já estragou tudo, disse o Jerónimo]… teses do seu congresso… veja umas preciosidades, “a U.E. um bloco imperialista”; “o exemplo revolucionário da ordem socialista”, os países “que definem como orientação e objectivo a construção duma sociedade socialista” para o PCP
Cuba, Vietname, Laos e RDP da Coreia. ”[o PM decidiu convenientemente deixar a china de lado]… medidas sociais que o governo fez…

Jerónimo de Sousa: gostaria muito de debater as teses, mesmo com o Sr. a retirar as frases de contexto… muito bonito… mas e os offshores?... beneficiar a banca… valorização dos salários, pensões e reformas… Código do Trabalho = a exploração…

Sócrates: Eu acredito num país que controla a sua divida e os gastos do Estado, ao mesmo tempo que intervém na sociedade… [berros] …eu defendo a regulação, mas vocês acreditam que o Estado regulador é explorador… não estamos também de acordo na contribuição da URSS… [berros]… o nosso governo, com a concertação social aumentou o salário mínimo…



Francisco Louçã: Quantos trabalhadores da segurança social vão trabalhar para o call-center que vai abrir?

Sócrates: Uma empresa gere o call-center, mas os contratos serão sem termo… tiro na água…

Francisco Louçã: E a empresa de trabalho temporário que contrata para a segurança social… Estado mínimo… jovens trabalhadores abusados pelos governo… Os tais 5% para a segurança social, vão ser pagos para o trabalhador?…

Sócrates: O Sr. deputado desconversou, não estava à espera que eu soubesse… à pois é… e os 5%, surpresa, serão pagos pelo empregador… o que me espanta é o nível de sectarismo do seu partido… a tudo se opõe…

Francisco Louçã: bla bla… o Sr. contrata trabalhadores para a segurança, através de uma empresa de trabalho temporário, que cobra uma percentagem dos trabalhadores e acha muito bem… e sobre os juros que hoje baixaram cosméticamente… e o Sr. não faz frente ao BCE… Proposta: alterar a politica em relação aos PPR… e a medidas do IRC?… este ano houve 7 homens que nos offshores falsificaram as contas do seu banco e ainda levaram prémios…

Sócrates: o Sr. não debateu a crise internacional… atacou o governo… todos os contratos são sem termo [e a percentagem deve ser pimbalhada]… disse que eu sigo o patrão dos patrões… e o acordo na concertação social… isso é ridículo… o BCE é uma instituição independente da U.E., e esta baixa de juros é da maior importância…


Madeira Lopes: A tese do Estado mínimo derrotada… política que o seu Governo segue… a nossa crise para si é internacional… bla bla… vão finalmente aumentar os salários no próximo ano…

Sócrates: A crise financeira vem do sistema financeiro desregulado dos E.U.A…. bla bla… defendo a sustentabilidade das políticas sociais… eu gosto demasiado do Estado… fizemos as reformas e mudanças, num esforço patriótico [lindo… Sócrates apanhou a bala da direita para salvar as políticas de esquerda]…

Madeira Lopes: Estagnação económica… restrição salarial… emigração a subir… sua responsabilidade… bla bla… são rápidos a colocar a mão por baixo da banca, e lentos a fazer o mesmo às PME’s…


Alberto Martins: O Sr. Primeiro-ministro é o maior… a sua análise é do melhor que há… três vivas para o Primeiro-ministro… fim do fundamentalismo do mercado… igualdade… os liberais derrotados… o PSD isto e aquilo… o Governo bla bla…

Sócrates: Alguns pensam apenas com a politiquice… bla bla… o PSD e a Caixa Geral de Depósitos, mais as privatizações… para o PSD não se deve fazer nada… vamos voltar a ler Keynes… bla bla…

Alberto Martins: O PSD etc e tal… silêncio… propostas do PSD… bla bla… pergunta irrelevante ao Governo…

Sócrates: bla bla…

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