quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Disciplina do mesmo sexo


Apesar das opiniões contrárias de alguns deputados [tais como, António José Seguro e Manuel Alegre], que levaram mesmo à contestação da disciplina de voto enquanto regra, o PS irá manter essa disciplina nos projectos do PEV e do BE, adicionando uma declaração de voto [da bancada socialista] afirmando que o voto "não é contra os casamentos das pessoas do mesmo sexo, está é contra a oportunidade" [a oportunidade de vir a perder votos].


Alberto Martins é, quanto a mim, o deputado com melhores intervenções sobre esta matéria:

O PS concedeu a liberdade de voto ao ex-líder da JS, Pedro Nuno Santos. Isso deveu-se ao reconhecimento da luta da JS pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo. O que é fantástico… o problema é que eu tinha em mente que não foi só a JS que se debateu por esta causa… parece-me… De qualquer das maneiras o que aqui interessa, é que para Alberto Martins a admissão da quebra da disciplina de voto [para uma pessoa… sim, uma] é uma "afirmação de pluralismo". Para mim [e para qualquer pessoa sem o rabo preso no caso] uma afirmação de pluralismo seria a liberdade de voto, e não o seu oposto.

Depois, Alberto Martins excedeu-se no brilhantismo político, quando considerou que, "a maioria, de forma muito expressiva, aprovou a disciplina de voto".
Ora, de 121 deputados do grupo parlamentar do PS, 67 compareceram à reunião, dos quais 47 votaram a favor [contra 20]. Eu compreendo o porquê de se desconsiderar os 54 deputados que não compareceram, pois todos nós sabemos que a maior parte dos deputados está lá para encher chouriços, mas até fica feio esfregar isso na cara dos cidadãos…


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