Via Efeito Placebo encontrei esta notícia que me escapou. Foi a Vereadora do PSD em Lisboa, Margarida Saavedra, a protagonista desta maravilha.
“Alguma vez a tentaram subornar? Várias vezes. Por duas vezes, deixaram-me em cima da secretária envelopes com dinheiro. Fui a correr atrás dos munícipes e devolvi-os, e eles ficaram muito atrapalhados. Noutras situações, diziam-me: "Faça o seu preço, que nós temos pressa". Quando a cunha era grande, retiravam os processos da minha apreciação. Mas os funcionários da câmara não são, na sua maioria, corruptos. (…) O departamento de projectos especiais da câmara, que ainda existe, foi muitas vezes um canal para tratamento de excepção em relação ao cumprimento do Plano Director Municipal. Foi o caso das Twin Towers e das torres do Colombo.” Público
Partilho da indignação presente no post do blogue Efeito Placebo: ”É uma vergonha a leviandade como se assume a corrupção numa autarquia como a de Lisboa.”
Não se acusa, não se denuncia, não nada… Certa vez, damos uma entrevista e dizemos estas coisas, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Espectáculo. De facto a surpresa não é muita. Muitos devem ser os casos espalhados pelas câmaras do país. Encara-se este tipo de corrupção com a mesma facilidade, como se encara a existência da cunha. É uma simples particularidade do sistema. A vida é assim… e continuará a ser até que se veja o problema da corrupção como existente e passível de ser reduzido.
Neste caso é o peso da máquina que sustenta a câmara a maior dificuldade que se encontra quando queremos abordar o problema da corrupção. Ao invés de grandes reformas fogo de vista que acabam por criar mais problemas do que aqueles que resolvem, dever-se-ia enveredar pelas pequenas soluções. É na simplificação dos procedimentos [de dentro para fora e não o habitual], na redução do poder discricionário, na total transparência, no estabelecimento de prazos funcionais [e mais curtos] à conclusão dos processos, e na criação de incentivos para os funcionários, que encontramos o caminho a seguir.
Mas para isto, teria de haver vontade política, ou simplesmente vontade.
Só é pena que cá não acontecem coisas destas.
“Alguma vez a tentaram subornar? Várias vezes. Por duas vezes, deixaram-me em cima da secretária envelopes com dinheiro. Fui a correr atrás dos munícipes e devolvi-os, e eles ficaram muito atrapalhados. Noutras situações, diziam-me: "Faça o seu preço, que nós temos pressa". Quando a cunha era grande, retiravam os processos da minha apreciação. Mas os funcionários da câmara não são, na sua maioria, corruptos. (…) O departamento de projectos especiais da câmara, que ainda existe, foi muitas vezes um canal para tratamento de excepção em relação ao cumprimento do Plano Director Municipal. Foi o caso das Twin Towers e das torres do Colombo.” Público
Partilho da indignação presente no post do blogue Efeito Placebo: ”É uma vergonha a leviandade como se assume a corrupção numa autarquia como a de Lisboa.”
Não se acusa, não se denuncia, não nada… Certa vez, damos uma entrevista e dizemos estas coisas, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Espectáculo. De facto a surpresa não é muita. Muitos devem ser os casos espalhados pelas câmaras do país. Encara-se este tipo de corrupção com a mesma facilidade, como se encara a existência da cunha. É uma simples particularidade do sistema. A vida é assim… e continuará a ser até que se veja o problema da corrupção como existente e passível de ser reduzido.
Neste caso é o peso da máquina que sustenta a câmara a maior dificuldade que se encontra quando queremos abordar o problema da corrupção. Ao invés de grandes reformas fogo de vista que acabam por criar mais problemas do que aqueles que resolvem, dever-se-ia enveredar pelas pequenas soluções. É na simplificação dos procedimentos [de dentro para fora e não o habitual], na redução do poder discricionário, na total transparência, no estabelecimento de prazos funcionais [e mais curtos] à conclusão dos processos, e na criação de incentivos para os funcionários, que encontramos o caminho a seguir.
Mas para isto, teria de haver vontade política, ou simplesmente vontade.
Só é pena que cá não acontecem coisas destas.
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