O populismo é uma ideologia que nasceu de aspirações democráticas, sedeadas num sentimento anti senhorial, no entanto, na sua forma mais comummente usada, o populismo refere-se a uma orientação política movida pela obtenção do favor popular. Tem se por populista aquele que suporta e apoia um pacote de medidas que agradam sobretudo às classes com menor poder económico. Encara-se frequentemente o populista como fazendo parte do “lado negro” da democracia, que mais interesse não tem, para além da sondagem, na tentativa de obter a legitimação popular. É numa suposta representação do povo, que o populista se insurge [por via de regra] contra as elites e vai assim ganhando uma maior popularidade. A mera tentativa de alcançar uma maior popularidade, agradando o povo, não denuncia só por si o maior populismo, dado que caso assim fosse, todos os partidos e aqueles que obtêm a maioria numa democracia [formando governo] seriam populistas [veja-se os programas eleitorais e a consequente governação]. Uma das razões que é transversal aos críticos dos populistas, é a simplicidade como estes encaram os assuntos. Os críticos vêem normalmente essa simplicidade como enganadora, inconsequente e incapaz de absorver a totalidade das complexas redes que pretende abarcar.
Parte do arsenal de um populista contem as mesmas tácticas que granjeiam um demagogo, por entre as quais se destacam: o confronto directo e quase estóico, em prol de determinadas causas quer elas existam ou não; uma imagem pública habilmente gerida em torno da proximidade com o povo, e de ideias que se colam facilmente; o constante alimentar do alarme social fazendo por isso, um maior uso das ideias que chocam [melhor sendo se no processo forem acusados “os poderosos”]; uma conduta e estratégia balizadas pelo sentimento popular da altura. Presumindo que determinado político pudesse ou quisesse seguir uma lógica puramente populista no desenrolar de um mandato, estaríamos perante uma situação que criaria deformações com efeitos positivos a curto prazo, que traria consigo repercussões negativas a longo prazo. Neste sentido, o populista é tido como aquele que quer algo impossível. Acontece que para assim o ser, temos de pressupor uma orientação politica puramente populista sem substância. Nenhuma medida só por si pode ser considerada populista [ou demagógica], logo a variável está naquilo que fundamenta cada medida apresentada. Mesmo perante a evidência de que nenhuma medida é só por si populista, muitas são tratadas como tal, deixando-nos com o vazio: Ah! Isso é populismo.
Parte do arsenal de um populista contem as mesmas tácticas que granjeiam um demagogo, por entre as quais se destacam: o confronto directo e quase estóico, em prol de determinadas causas quer elas existam ou não; uma imagem pública habilmente gerida em torno da proximidade com o povo, e de ideias que se colam facilmente; o constante alimentar do alarme social fazendo por isso, um maior uso das ideias que chocam [melhor sendo se no processo forem acusados “os poderosos”]; uma conduta e estratégia balizadas pelo sentimento popular da altura. Presumindo que determinado político pudesse ou quisesse seguir uma lógica puramente populista no desenrolar de um mandato, estaríamos perante uma situação que criaria deformações com efeitos positivos a curto prazo, que traria consigo repercussões negativas a longo prazo. Neste sentido, o populista é tido como aquele que quer algo impossível. Acontece que para assim o ser, temos de pressupor uma orientação politica puramente populista sem substância. Nenhuma medida só por si pode ser considerada populista [ou demagógica], logo a variável está naquilo que fundamenta cada medida apresentada. Mesmo perante a evidência de que nenhuma medida é só por si populista, muitas são tratadas como tal, deixando-nos com o vazio: Ah! Isso é populismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário